Wednesday, August 23, 2017

virtualmente cruel

Simulacro opaco
Você nesta fotografia menor ainda que 3X4
E os pontinhos dedilhando
como se quisessem me fazer gozar

Te conheço de perto
Olhos fundos
tem algo em olhos masculinos fundos
certa doce rusticidade italiana
e um vício ancestral por dominação

“Isso, isso, é assim que se faz”

Uma pessoa, outra pessoa…
Somos animais bossais?
Meses de conquista
músicas enviadas
O que você queria, àz?
Poesia agora ignorada
e esta máscara virada pra trás.
Realmente a ambição dos homens 
é nada além que um prato de comida
ou melhor dizendo,
uma boa trepada
e uma dormida.

Só que agora, querido mestre
viro peste
te encaro
sinto vergonha do meu desejo
por que?
Afinal de contas qual ensejo
me leva
a querer saber de você?

Resgate do meu eu menor 
era mais eu aquele eu?
Pequena cristã na arena com leões
Quanto prazer em destruir corações

E agora me jogo no coliseu
meu corpo fala
me devorem!
Pra corroborar talvez
as pragas de minha mãe
em magoadas orações.
Aquelas missas
construindo esta minha culpa.
e a busca pelos homens do interior,
pelos homens do norte
esta viva fascinação.
E no colo dos homens mais velhos,
a confortável compreensão.

Antes não tivesse esta necessidade de dopamina no cérebro

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