Monday, October 10, 2005

TEATRO!

Foi uma noite de felicidade. A estação Leopoldina, batizada também como Gare Barão de Mauá estava iluminada com refletores e gelatinas, ressucitada com performances nos vagões enferrujados e dj's na estação e na plataforma.
Pedro Bernardes era o dj a inaugurar a plataforma, vestindo uma cartola preta e com dois pontos de luz azul sobre os olhos e um microfone na boca, improvisando em cima das músicas, ele arrasou deliciosamente.
E Flávia Costa, poderosa bailarina, atriz, artista da pá virada, encheu os corações de romantismo com seu solo "Cachorra" - dirigido por mim e pela adorável criatura Renato Linhares, no vagão 1.
Rafael Leal performou "A sombra de Beckett", uma figura clownesca reagindo à vida cotidiana, muito bom.
E Domingos, qual o sobre nome do Domingos? Ele é figurinista, mas, muito bom diretor e performer teatral, um amante das artes performáticas, um homem lindo com uma visão plástica delicada, enfim, Domingos performou "A Teia", uma espécie de cabine/quarto em que um homem estudava minuciosidades biológicas. Assitíamos a isto, através de uma vitrine, enquanto ouvíamos o poema " Los enigmas " de Pablo Neruda num headfone. Perfeito.
Sem falar nas instalações várias de Mateus Nachtergale ( plantas e aranhas dentro da cabine do motorista do trem - lindo! ), Vicente de Mello, Enrica Bernardelli...
...E DJ Dolores e Maurício Lopes na estação...
Foi a abertura do Rio Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro do Rio de Janeiro.
Todos dançavam e celebravam o teatro.
Até os desavisados: " Eu sempre achei teatro muito chato, mas, isto aqui é o melhor evento do ano! " disse e assinou embaixo, Bruno.