Monday, June 29, 2015

"Eu queria morar em São Paulo..."

E de repente um choro desesperado

" eu quero ir hoje para Nova Iorque!"

E se jogava no chão

" e a gente vai hoje!"

" a gente vai hoje!"
Chorando muito
" a gente vai hoje, né?"
e chora
"eu queria ser irmã das minhas primas para acordar com elas todos os dias..."
e chora mais
" a gente vai hoje para NY, vai?
e vai acalmando
"Vai?"
"Vai, mãe?"
"a gente vai hoje para NY?"
Chorando

 - Vai ( pra ver se ela parava )

"ÊE!!"
pulos de alegria
"Tem que ser hoje!"
e volta a chorar
"as amigas das minhas primas moram em SP e quase sempre ficam com elas e eu não"
"e eu sou da família delas..."
choro choro choro
"e a gente vai pra Nova Iorque hoje, vai, vai...?"
"Vai mãe?"

-Vamos,filha,como? Na sua bicicleta e eu correndo do lado?
-Não,de carro.

....


Saturday, June 27, 2015

em busca de aventuras que maltratam

tudo começou com uma cantada
e foi virando uma grande diversão
uma aventura
uma possibilidade

a foto escondia os defeitos
ele parecia até bonito
não sei exatamente se segui meus instintos
ou se a vontade era mostrar para o ex que agora eu tinha um melhor que ele
( ou se eu estava apenas a fim de me maltratar um pouco )

músico
cineasta
alto
moreno
sensível
louco por mim

em algum momento minha pressão baixou
eu fiquei pálida
e quase desmaiei
o corpo fala
nem sempre a gente ouve

e lá fui eu animada
tirando fotos de como eu estava aqui e ali
escolhendo roupas,faltando compromissos,pirada na idéia

fui pra barra
com medo de morrer
dei meu paradeiro para algumas amigas

e me abri
e fui recebida como rainha
sobre um pedestal de alturas inimagináveis
eu estava lá no alto
bem alto
e as fantasias foram rolando soltas
as palavras saíam da boca dele de forma estranha para mim,
mas eu tava topando o jogo
perigoso
dele

tentei brincar com as palavras também
e aí

fui julgada
e expulsa
do tribunal
do apartamento
descendo do pedestal sem ajuda da mão dele
que não mais saía do celular

a feiúra da pessoa apareceu
o preconceito se revelou
a intolerância reinou

no dia seguinte
tentativas de poesia ruim em rede social
e muita grosseria
e acusações indiretas
mensagens levianas
e certa falta de drama diante da situação

a punição

aquilo me fez um mal terrível
talvez eu tenha conseguido o que estava buscando
me maltratar

uma arrogância enorme
uma auto-vitimização maior ainda
um olhar de quem só se vê
e a bloqueada por não suportar nada que seja diferente do seu mundo

Não estamos bem, humanidade, pensei.
E passei mal.

Foi horrível mais uma vez.






Friday, June 26, 2015

Touro

Fechar os olhos e se guiar pela abundância
Abundância de alegria e saúde na vida
Ter gratidão por tudo que há
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Wednesday, June 24, 2015

Desde os tempos da Judéia

ô, cara de moeda,
você que é dono dela
e a ela busca

seja feliz com seus antolhos
me vendo apenas na ceratocone
do seu ponto de vista

meu campo visual
mesmo com glaucoma
vai sendo cuidado aos colírios

e vou aprendendo que outras moedas valem
além das financeiras
que começaram
nos tempos da Judéia

"Dai a César o que é de César, a Deus o que é de Deus e a mim o que é meu".
Foi a frase de Jesus.

Ela veio a mim hoje como uma piada.
Eu queria não ter raiva
Mas odeio preconceito

E odeio quem me julga
pelo que tenho e não pelo que sou.

Você teve a oportunidade de me conhecer,
mas preferiu pensar em mim
como um clichê.

Já não sinto tristeza,
nem saudade.
Me sinto injustiçada na pele e no coração.

No início você me amou pelo que sou.
Depois só inventou e se afastou.

Não fui eu quem te julguei.
Viver neste país é assim mesmo.
Aqui nascemos.
É maior que a gente.

Amor ou Roma
não importa mais.
Jesus ou Maria
tampouco.

Sou feita de carne e osso,
espírito e ética
e a vida é breve.

Vá em paz e que as tuas paranóias te acompanhem.
Nasci para ser feliz e serei.

Monday, June 22, 2015

Roma anagrama de Amor

BEL RECITA UMA POESIA
Então, hoje é domingo, vamos ver um filme?

Ele queria ver "gente morrendo".
"Gente morrendo", ele repetia...
e eu pensava na frase do Nelson Rodrigues que dizia que é no palco que temos que ver assassinatos e putarias para satisfazer nossos instintos mais selvagens...

E tinha lido no jornal a frase do Anibal, que se matou com um veneno que carregava em seu anel, deixando uma carta assim:
"Finalmente livrarei os romanos da minha ansiedade"

E eu ansiosa.

Quer dizer, quem não tem acesso à indústria farmacêutica contemporânea
ou à algum tipo de arte catártica sai por aí extravazando os instintos mais selvagens como?

Ligamos o filme.
E foi me dando o mesmo desejo que ele...ver "gente morrendo"...
De repente me senti como se estivesse vendo um musical.
Sabe um musical onde as cenas são só passagens entre uma música coreografada e outra.
Pois, eu estava assim, querendo que as cenas de papinho passassem rápido para ver mais " gente morrendo"...

E aquilo me deu uma fome louca
e eu gritava e me encolhia...
Nossa!Foi catártico...

Que loucura é esta, meu Deus?
E ele fala que é louco pela história de Roma...
Pelas matanças
Pelas estratégias de Guerra
Me explicou  a estratégia do cartaginês

Anibal ganhou dos romanos que tinham um exército de 83 mil homens,matando todos eles
e ele tinha aproximadamente a metade de homens apenas.
ele deixou que os romanos avançassem
e os cercou por todos os lados...

A frase: "Anibal nos portões" ainda é usada na educação das crianças na Itália...

Quem já foi imperador sabe.
Até tu, Brutus?
Quem já foi imperador tem medo de ser traído por seu maior amor.

Eu não sei quem sou nesta história,mas
Roma me dominou e eu morri.
Cercada por todos os lados.

O anagrama de Roma é Amor. O Amor me matou e meu império foi todo dominado.
Mas "livrarei os romanos da minha ansiedade",
tomando ansiolíticos e esquecendo a tal lenda do anel.

Fechem os portões.
A cidade antes aberta agora está em chamas.

Voltarei à Grécia como escrava de um poeta carioca.
Escravas na Grécia não são mulheres
São objetos
Objetos não amam

Dentro de mim apenas uma negra que sabe sambar para levar a vida.

Deixarei de lado as invasões norte-americanas ao meu subconsciente
A fixação no tal anel...
A idéia de amor romântica dos filmes holywoodianos dos anos 50...
O casamento...
Querer crescer os peitos com leite romano...
Ter pequenos imperadores em casa...

Eu poderia me matar por um anel de casamento e deixar uma carta dizendo: 
“ finalmente livrarei os amores da minha ansiedade”

ou

sobreviver comendo migalhas de tapioca e ficar feliz em ter uma filha de nome Manu
Nós somos apenas nobres plebéias cercadas de afeto por todos os lados.

E noutra vida fui enfermeira de guerra.
Adoro cuidar dos outros
Só preciso aprender a cuidar mais de mim
e cuidar de mim significa cuidar da minha filha também

e criar.

O contrário do amor não é o ódio

pra dizer a diferença entre sofrer e ser feliz
é preciso pensar primeiro nas condições de vida para depois partir para a questão
e aí vem o ego
e a procrastinação

ok

acabou chorare então
sou feliz e pronto
ao trabalho
à dança
à música
às escritas
aos encontros
às tentativas de encontros

por que então estas lágrimas escorrem com mais fluidez que a minha libido?
o contrário do amor é o medo
e sim exatamente
simples assim
nunca mais quero sentir nem um nem outro

Tuesday, June 16, 2015

"Eu tô virando uma monge,né?"

E tudo parece um teatro.
Desde  o bolinho Bauducco que se come à atividade que se exerce.
Que vida é esta?
O tempo todo inventando...
Que sorte e por outro lado que fé que se tem que ter.

É uma questão de espiritualidade mesmo.
Engraçado porque tenho uma amiga intelectual que nem gosta deste papo de espiritualidade.
Ela tem sempre algo lindo a dizer ou a citar.
Realmente são tantos livros,tantas idéias já escritas...
... e esta enorme dificuldade contemporânea de se escutar, de estudar,de ver,com tempo alargado.

Quanto tempo a gente perde para chegar ao estado do tempo alargado?
Será que é um problema geracional?
Será que é a falta do deadline?
Talvez...

Tudo é teatro.
Tudo é inventado.
Então,mãos à obra, mulher, que o tempo tá passando.

Hoje eu li uma coisa sobre estar sozinha.
Era sobre ficar bem sem esperar que ninguém apareça.
Sensação boa esta de não esperar que ninguém apareça.

Mas sensação boa mesmo é a expectativa de fazer alguma besteira.
De ser moleca, de ser garota marota ( rs ), de esperar pela festa, de planejar surpresas secretas que envolvem outras pessoas queridas...Ah... como é bom trocar! E a vida é tão curta!...
Este negócio de ficar sozinha, numa boa, sem expectativa é oriental mesmo...
Tô fazendo o maior esforço.

Mantras, incensos,respirações,concentração,idéias,escritório,livros... mas o déficit de atenção fala mais alto e eu vou ficando numa ansiedade louca e começo a não saber quantos cafés eu já tomei e se ligo pro professor de piano me ensinar a tocar aquela música e se mando uma mensagem para alguém ou se fumo um cigarro ou se tomo alguma coisa ou se chupo 4 balas, ou se escrevo compulsivamente, ou se saio daqui, ou se vou brincar, me jogar, esquecer, não, não, NÃO, eu preciso trabalhar, eu preciso de disciplina, onde foi parar aquela CDF que eu era?! Onde foi parar minha capacidade de realização? Sou chefe de mim mesma e preciso me dar ordens e preciso honrar com meus compromissos e me manter radicalmente inteligente,produtiva,linda e afetuosa, AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!

Saturday, June 06, 2015

Cavalos e personagens que viram luz

Está tudo bem aqui no alto da montanha
onde respiro e medito pelas manhãs com a cortina ligeiramente aberta
Afastando o sonho de um beijo gay com batom na novela
Afastando o assombro da boca da atriz que eu queria ser e tenho admiração e ciúme
onde no set você não veio falar comigo e no fim da gravação
não deu notícia ao chegar em casa
e eu vi na TV que tinha um amigo oculto da peça que você trabalhou
e realizei no sonho que não te acompanhava mais.

Saio na rua de personagem
Mudando o lugar onde ponho o peso dos meus pés
Encontro um amigo da peça que você trabalhou
Ele carrega um bebê de olhos azuis na barriga e diz que gosta da sensação
me elogia mesmo estando na personagem que é um pouco louca
A moça da loja chama atenção pro meu batom na bochecha dele,
ele ri,diz que vai dizer para sua esposa de quem foi o beijo.
É a personagem que usa este batom.

É uma outra personagem também
que acorda animada
pra fazer um molho agridoce de maçã
De repente todos os gostos que você não curtia voltam como uma espécie de tratamento de cura dos meus sentidos.

Outro dia comi uma pot pie de aspargos frescos
e numa festa uma sopa de abóbora
Almocei nhoque com queijo de cabra
E fiquei até com água na boca quando alguém falou em raviolis de pêra

Me privei destes gostos pra te fazer feliz
Mas a felicidade do outro não parte de nós
E isto eu ainda não aprendi.

Vi um prego vazio na parede e fui mexer na caixa sem destino
Escrevi uma casa sem destino
Sem destino porque você insiste em não dizer pra onde enviar...
Peguei de volta o quadro que sua amiga pintou pra gente,
tentei relevar,
botei no prego vazio onde antes tinha um anjo que eu não sabia a procedência e respeitava.

A casa era nossa.

Ontem resolvi que ia começar renovando pelo jardim
Eu sempre me refugio na vida das plantas
porque me faz bem imaginar flores,frutos,passarinhos e borboletas
penso muito num tapete branco para mudar a cara do nosso quarto
e trouxe um edredon de solteiro para me cobrir.

Não tenho forças para mudar os (i)móveis sozinha.
Planejo e saio.
Tirei as capas dos sofás e a minha filha lembrou dos seus primeiros anos
Tudo volta a ser como era antes.
O Trovão foi embora
e com ele suas músicas e palhaçadas.
A tempestade passou e com ela também a alegria e a loucura.

Te vejo deitado no sofá branco
Te vejo no chão de mármore azul do banheiro
Te vejo no reflexo da porta do forno da cozinha
Te vejo no cinzeiro vazio da varanda
Na diluição de uma paranóia na água da piscina
e na cor dourada do ladrilho hidráulico do banheiro do alto com janela pra favela
Me banho no seu corpo
Seu espírito mora aqui
E por mais que eu trabalhe outros personagens ele toma o meu cavalo.

E quando tiro da caixa sem destino um presente que te dei pelos nossos 2 anos juntos
pensando em talvez aproveitar a moldura e mudar o conteúdo
Me deparo com nossas caras serenas

E ali tropeço. e começo a cair da montanha
começo a cair de amor
vejo amor na gente
 e caio
caio
caio
desabo pelo céu de arco-íris
Corto a suspensão da descrença
em queda livre na realidade da sua ausência
e do nosso fim.

E te vejo bem
fazendo o personagem
Ele toma o seu cavalo
e você luta.

A minha personagem acordou pensando em dançar forró
na festa junina da
Praça Tiradentes,mas...
...lá tem uma estátua e
a minha personagem chora
e quase morre enforcada nas flores
refletida encolhida nas águas da geladeira que você tanto queria
Ofélia não sabe viver sem Hamlet.
A minha personagem não sabe viver sem acreditar no amor.

E depois de você este tipo de amor acabou.
Eu não sou mais eu.
(Será que foi a falta do remédio?)

O nosso amor nasceu junto com o tumor do cérebro da nossa diretora
Que também foi Ofélia e morreu linda nos palcos do mundo... 
Ela tirou o tumor
Eu me separei do pai da minha filha
Você sonhou uma vida compartilhada
Vimos uma água viva gigante longe da água respirando
Será que ela morreu?
Por que a gente não ajudou aquela água viva?

O tumor da nossa diretora, que fazia o personagem que tinha nascido do cérebro de Zeus,
Este tumor se regenerou
E ela enfraqueceu de novo
E depois do nosso primeiro ano de idílio
Fomos atingidos por uma máquina tão poderosa
uma espécie de globo
que calou sua maior paixão numa assinatura de papel
fazendo da nossa casa uma ágora de incompreensões sobre o que estávamos vivendo.

Agamênon matou Ifigênia,sua própria filha,encerrando a dança.
Ganhou a guerra com um cavalo de mentira
Ao voltar, foi morto por sua própria mulher
Que alegou desmedida em seu orgulho.

Electra sentiu a dor junto com seu pai e foi reencontrar o irmão
Ela e o irmão mataram a mãe
E se responsabilizaram por isto.

O ator não quis a responsabilidade.
Não quis acampar com a filha de outro.
Não gostou de olhar pro violão.
Desistiu da natureza estrangeira.
Se recolheu noutras praias.

Seu cavalo foi tomado por mais um personagem que viveu sem afeto
e ele cantou.
o piano tocou.
As madrugadas viveram.
Fora do personagem ele tinha muito afeto vindo de muitas partes
Fora do personagem ele tinha um lar e uma zona de conforto
Uma mãe muito presente
e muitas visitas que traziam presentes.

A filha de Zeus perdeu a força das pernas e aceitou com relutância a invenção da roda
Cassandra não viu coisa boa na invenção do fogo
Jovem e longe de si disse ao Corifeu que a morte se aproximava

O sol brilhou mais uma vez
O amor se tornou eterno
A semente do mal não foi queimada
A luz chegou a alguns corações
E resplandeceu na Lagoa da cidade partida

Não há justiça.

O cavalo de Cassandra foi tomado por uma personagem que antes de morrer de câncer
estudava a cura deste mal
O cavalo de Agamênon foi tomado por um marido companheiro até o fim.
A diretora que também era atriz
também chegou a pensar que o amor do pai do seu filho não estava valendo a pena
Mas diante do tumor
O amor reinou
e a felicidade luziu na Baía de Guanabara,
lavando nossas almas em orgasmos pérolas escondidas.

Lá na Escócia,onde o céu é muito azul,um autor escreveu esta peça.
Lá na Espanha,onde Cervantes inspirou os primeiros românticos,
outra diretora domou os cavalos amantes e os fez trabalharem juntos
Ali o amor também reinava
E refletia a realidade ficcionalizada de Botafogo via skype para espectadores em Nova Iorque
O ator disse feliz à atriz "eu tô gostando disto aqui" e sorriu com gosto de manga conservada na adega de vinho sob a escada.
O ator vestiu as botas de roqueiro e brilhou com as forças de Baco!

Eles tomaram champagnhe no shopping
e compraram lindas roupas para se proteger do inverno que viria
Celebraram juntos seus espíritos com picnic no parque onde a travessa era de louça
Sentiram-se portugueses descobrindo o Brasil,
italianos chegando no porto de Santos,cariocas hippies cantando em roda a grande cidade.
Seus cabelos ainda estavam curtos.
Seus pais de partidos opostos se conheceram e eles puderam brincar de Romeu e Julieta,
de pique-esconde e de pintura viva na companhia de suas famílias e amigos.
Em algum momento uma criança se perdeu e os pais dela se desesperaram
Mas logo ela apareceu, feliz por ter experimentado a liberdade de ser um indivíduo solto no mundo.

O cavalo do ator começou a pensar e falou para a égua que com ela não queria mais trabalhar.
O cavalo da atriz foi tomado por uma personagem apática.
A égua enfraqueceu,ficou prática.
O cavalo se manteve forte como pôde,foi buscar ração em outras origens
e passou a rejeitar a cada vez mais linda égua.
O tumor está matando Atená
mas a diretora ganhou prêmios
e fez lindos trabalhos com a elegância do seu pensamento em prática.

Se inventassem a máquina do tempo
Me tornaria Afrodite
e traria você de volta
Me tornaria Gaia e
Espumaria o mar de tesão
Recriaria Homero
Me tornaria poiésis
E escreveria tudo de novo,
de outra forma.

Você me olha na fotografia 3X4,
que por ser mera impressão
só faz meu coração murchar de saudade.