Se minha fantasia fosse esquecer quem sou;
sair com peito
vento vestido
nos brilhos da existência
sem nada querer,
a não ser
Amor
pra tudo.
Se minha rainha evocada
por Deus
serena
passasse a dor
e revestisse
o torpor
em paetê
no mundo.
Se o bumbo do tambor
fizesse meu coração
bater
centenas de anos
flautas fulanos
nas gramas de cheiro
verde chuva.
Se a lama que me afunda
plataforma
fosse
de sal grosso
Rosa
Se o banho de prata
um flutuar de coração
sem rumo
subindo subindo
em oxigênio uníssono
uno.
Um Brasil assim
sertão cidades
de pureza alegre
de gentileza entregue
e cafunés sem fim.
E o estupor
fizesse bramir carne viva
sorrir as vacas
sem medo de mim.
E no ouro
mulheres homens livres intuitivos
dançassem no desejo de não ser
só mente,
os pesadelos arrogantes
apagados de rompante
abrindo
na volta pra mesa
as gravatas
e nos olhos
pirlimpimpim
de risos arbórios
e molhos
às doces democráticas utópicas de todos
bravatas.