Monday, December 19, 2005

segunda pré-natal: resistir e persistir no trabalho e na fé de que os projetos vão ser realizados no ano que vem.
De que no ano que vem o trabalho vai rolar, porque a criatividade anda solta pelo cérebro , mas, pra deixar de ser só pensamento individual e passar a ser movimento coletivo de vida gostosa e bonita, de interação entre as pessoas, de se fazer algo de útil nesta vida, no sentido de transmitir bons pensamentos, de influenciar... requer muito , muito trabalho e, principalmente concentração.
CONCENTRAÇÃO e persistência, principalmente nos detalhes.

Campanha dê presentes só a quem der na telha!

Campanha vá a praia assim que o sol sair, porque ele tá ficando raro!

Campanha cortem seus próprios cabelos!

Campanha teatro é bom!

Campanha livros bacanas de arte pra galera jovem!


Falando em pré-natal, às mamães pré-natal, que estas barrigas reluzam, que estas crianças venham belas e tranquilas, sábias por natureza, SAÚDE!!!

E que o romantismo não seja esquecido entre os casais, romantismo antigo, aquele da mágica dos atos simples não consumistas.

Tuesday, December 06, 2005

ruivos

Sou louca por ruivos verdadeiros.

gente

a melhor coisa pra se fazer em viagem de muito tempo é conhecer gente.
Olhar o mar, pra esquecer que a vida aqui na Terra tá perturbada
mas, olhar o mar à procura de barcos habitados por seres humanos que podem também estar perturbados
Oh vício, a humanidade.

Enrique Diaz na França

Quanto tempo não escrevo!
Bom, passei por um período de viagens por terras francesas. O teatro brasileiro tem sido valorizado por lá. Principalmente o teatro feito por Enrique Diaz, com merecimento. Ele é dos melhores daqui mesmo. Puta cabeça e senso de humor. Ele e Mariana Lima, mulher dele, atriz maravilhosa, criadora de grandes impulsos criativos. E a Cia dos Atores, companhia que trabalha com ele há 15 anos, também responsável pelas conquistas.
Fui com o Coletivo Improviso, grupo que se uniu lá pelos anos 2001 / 2002 / 2003, com a idéia de treinar improvisação de teatro e dança, incentivados por este casal incrível que acabava de voltar de um intensivo em NY com Anne Bogart, diretora americana, que trabalha com a técnica dos View Points e Susuki.
Fomos pra França pela quarta vez com o espetáculo " Não Olhe Agora ", dirigido por Kike e Mariana . Fizemos ano passado na "Ferme du Buisson", a vinte minutos de Paris, depois no "Festival de Teatro de Rua de Aurillac", e este ano na "La Filature" em Mulhouse, e agora na "Menagerie du Verre", em Paris, no "Festival Pazzapaz" em Marseille e no "Teatro du Maillon" em Strasbourg. E foi uma delícia, um sucesso.
Somos uma média de quatorze pessoas gostosíssimas e por onde passamos movimentamos os ares positivamente. Interferimos na arquitetura que nos é apresentada e rimos e fazemos rir e choramos e fazemos chorar... é bom... tem sido bom...
"Ensaio. Hamlet" também arrebentou no "Festival de Outono" em Paris, simplesmente o Festival de Teatro mais fodão da França ( e do mundo ). Um homem tentou me explicar sua sensação ao assistir, falava coisas como, "... é uma aventura, uma sensação de liberdade e também é coisa séria, conta-se a história... " enfim, não são as palavras dele, mas, a sensação que dá é que o Kike e todos os que participaram da criação desta peça, ( me incluindo como assistente de direção ), mas, principalmente o elenco: Fernando Eiras, Felipe Rocha, Marcelo Olinto, César Augusto, Bel Garcia, Malu Galli - substituída por Susie Ribeiro, conseguiram criar um belo trabalho baseado em um texto clássico. A pressão é grande.
"Paixão Segundo GH", da Clarice Lispector, também foi um sucesso.
E o velho Melodrama, da Cia dos Atores e Filipe Miguez, outro.
Valeu!

Thursday, October 20, 2005

Quando as pessoas se expressam

Fui Ver "Ovo Frito" em 20 de outubro, acho, direção de Moacir Chaves, texto de Fernando Bonassi, com Alessandra Colassanti , Julia e Luciana... sou ruim de sobrenomes. Achei bom. É quase uma leitura interessante dos próprios pensamentos, porque é tão atual e tão sobre todos nós e sobre o que estamos vivendo... que acabamos nos identificando... e que... e que - o texto abusava dos " e que 's " -
... e que... o consumismo capitalista é a única promessa de um mundo melhor - pelo menos é o que interpretei de um dos trechos do texto - hoje em dia todos desejam a mala de dinheiro, porque, tendo ela, a vida pode ser melhor, é como se a mala de dinheiro fosse a promessa da "vida eterna". Merece reza e comportamento específico pra se conseguir.
Merece escravidão, mesmo que disfarçada, merece tramóias e hipocrisias, merece que VOCÊ decida viver o dia a dia pra tê-la.
... a mala de dinheiro... quem não quer a mala de dinheiro?
... o céu passou a ser aqui e a "religião / sistema " prega agora que o cidadão deve desejar a mala de dinheiro ( honesto ).

O interessante é que Bonassi escreveu este monólogo, antes do fato ocorrido em Brasília.

Mas, o monólogo que mais gostei foi o interpretado por Leca, Alessandra Colassanti, que eram só perguntas. Leca é hilária, determinada, chique, alto astral, inteligente.

A producão da peça também é das meninas, ou melhor, mulheres, o que também me agrada e muito. A gente tem que fazer pra acontecer.

A direção do Moacir, no entanto, achei muito parecida com a direção de "Utopia", peça que ele mesmo dirigiu há pouco tempo atrás, no Planetário, que quem fazia era Dani Barros ( lindamente - e não é pra menos, ela é uma das melhores atrizes da nossa geração ) e Maria Clara Gueiros e Alessandra Maestrini. Ele se repetiu fazendo as atrizes falarem chorando, rindo ou de tal e de tal forma...
A composição do elenco também era parecida. Três mulheres, um texto escrito por um homem, cheio de informações políticas que tem a ver com a atualidade.
Apesar de que o texto de " Utopia " era aquele velho texto que a gente aprendia na escola, do inglês, olha o nome falhando de novo...

Vou vir com um post anexo depois só com as informações que faltam.

Enfim, é o texto da Ilha da Utopia, basicamente a primeira vez que se ouve falar esta palavra. Thomas...?

O mais interessante da proposta de " Ovo Frito " é que depois do texto do Bonassi, no segundo ato, acontece um debate, e todos os personagens que foram sugeridos na peça em formas de fala e intenções viram realidade, pois o público, que estava assistindo, toma a palavra e se manifesta. É muito interessante ver a diversidade ( limitada, claro, é a zona sul carioca, mas, não deixa de ter uma pequena diversidade ali ) articulando.

O debate depois da peça de teatro é perfeito. Meia hora de peça, meia hora de debate, dobradinha das boas. Teatro é encontro. Teatro é política. E é gostoso ouvir e tentar falar. É gostoso exercitar a palavra falada em grupo.

Sunday, October 16, 2005

Premio Qualidade Brasil

Bom saber que existe um Prêmio de Teatro cujos jurados são um grupo de jornalistas anônimos. No mínimo é bom saber que além de Bárbara Heliodora, crítica tradicional e conservadora de teatro do Jornal O Globo, existem pessoas pensantes e com poder de comunicacão ( em massa ) assistindo a peças e pensando sobre elas. Enfim, Prêmio Qualidade Brasil, parece ser uma boa iniciativa. Não dá dinheiro, mas, dá reconhecimento e respeito a artistas talentosos na ativa .

Thursday, October 13, 2005

Parque Lage criança adulta

Hoje tive a sorte de ir de manhã ao Parque Lage. Logo que entrei respirei fundo e vi a luz do sol passando entre as árvores... minhas olheiras agradeceram e foram descansar em algum outro lugar do meu rosto... virei criança de novo, caminhando dentro da gruta pra chegar até a torre e me comuniquei com os peixes que vivem naquele aquário que tem luz natural...
O Parque Lage dia de semana é muito mágico, muito bom.
Vi adolescentes se beijando. Vi crianças vestidas dos filós e lycras mais variados, encarnando personagens de contos de fadas, cantando e peruando com pequenos tamancos... vi um lagarto tamanho gigante, que ao cruzar o olhar comigo, ficou tímido, atravessou a rua e se escondeu no mato. Vi um macaco na mesma altura que eu ( eu trepei numa árvore deliciosa pra tirar umas fotos artísticas prum trabalho de uma amiga )...
enfim... foi bom, ficar em paz com este lado da cidade...
... e pensar que aquele menino do Ônibus 174 poderia ter fugido por ali... se escapasse dos Snipers...
... e pensar que a Bezansoni andava pelada em cima do seu elefante ali...

Aliás, um homem com voz de mulher aproveitou a quinta-feira pra ir cantar ópera no alto da torre no meio da floresta... era um homem... bonito ainda por cima...

...e pensar que ali eu aprendi que não precisamos matar as formigas, porque elas são nossas amigas...

e que minha mãe me deu uma festa surpresa numa quinta a tarde, assim como hoje e eu levei um susto tão grande como se tivesse visto um leão na floresta... eu era uma criança boba... não queria chamar atenção e minha mãe sempre fazia com que eu chamasse atenção com as surpresas dela...

ela queria alegrar a minha vida e com isto alegrava a dela também...

... hoje agradeci e me arrependo um pouco de não ter entrado na piração dela naquele momento...

hoje eu rio. Naquele época enrubesci.

Uma amiga uma vez me falou que vivia no contra-fluxo... eu sou uma criança que queria ser adulta e depois que virou adulta , fica fazendo de tudo pra aprender a ser criança...

Caramelos pra todos!

Livros pra todos!

E muita dama na praça pros que sabem viver e rir~




hoje tem Torero Portero na Estação Leopoldina, espero que consiga assistir.

ingressos esgotados

Tudo lotado na cidade. Shows do Tim festival. Peças internacionais do Rio cena. Filmes do Festival de Cinema... a dúvida que fica é a seguinte, como disse um amigo meu, quem são as pessoas que conseguem comprar estes ingressos?

Será que estamos chegando a ponto de termos de nos programar antecipadamente pras coisas a ponto de , primeiro dia de venda, lá estamos nós... porque muitos podem e querem participar da vida cultural da cidade.

Isto é bom. Mas, como eu queria ver Jan Fabre no Sérgio Porto... e Elvis Costello no MAM...
don't know what to do...

Monday, October 10, 2005

TEATRO!

Foi uma noite de felicidade. A estação Leopoldina, batizada também como Gare Barão de Mauá estava iluminada com refletores e gelatinas, ressucitada com performances nos vagões enferrujados e dj's na estação e na plataforma.
Pedro Bernardes era o dj a inaugurar a plataforma, vestindo uma cartola preta e com dois pontos de luz azul sobre os olhos e um microfone na boca, improvisando em cima das músicas, ele arrasou deliciosamente.
E Flávia Costa, poderosa bailarina, atriz, artista da pá virada, encheu os corações de romantismo com seu solo "Cachorra" - dirigido por mim e pela adorável criatura Renato Linhares, no vagão 1.
Rafael Leal performou "A sombra de Beckett", uma figura clownesca reagindo à vida cotidiana, muito bom.
E Domingos, qual o sobre nome do Domingos? Ele é figurinista, mas, muito bom diretor e performer teatral, um amante das artes performáticas, um homem lindo com uma visão plástica delicada, enfim, Domingos performou "A Teia", uma espécie de cabine/quarto em que um homem estudava minuciosidades biológicas. Assitíamos a isto, através de uma vitrine, enquanto ouvíamos o poema " Los enigmas " de Pablo Neruda num headfone. Perfeito.
Sem falar nas instalações várias de Mateus Nachtergale ( plantas e aranhas dentro da cabine do motorista do trem - lindo! ), Vicente de Mello, Enrica Bernardelli...
...E DJ Dolores e Maurício Lopes na estação...
Foi a abertura do Rio Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro do Rio de Janeiro.
Todos dançavam e celebravam o teatro.
Até os desavisados: " Eu sempre achei teatro muito chato, mas, isto aqui é o melhor evento do ano! " disse e assinou embaixo, Bruno.

Friday, September 23, 2005

soltice

pra continuar a série de ontem: o médico foi tentar achar a jugular do paciente, levou um escorregão e deu um jeito na coluna.
O outro médico foi visitar um paciente virótico e, de stress, teve um avc. O paciente acabou ligando pra ambulância.
Analista tem um grande trauma na vida, paciente fica sabendo e não consegue mais falar de si.

Ontem eu ouvi a palavra esperança umas três vezes. Já gostei desta, já desgostei e agora tô começando a gostar de novo. Mas, tem alguma coisa católica que me incomoda aí... é lá, não é aqui... mas, não deica de ser fé e não deixa de ser bom, mas, bom mesmo é olhar o que tá aqui e passar a gostar do que tá aqui, ou provocar o que tá aqui de maneira a mudar o que tá aqui, do que manter a esperança que vai mudar. Enfim, dá pra juntar esperança com ação no presente.

Carioca quando vai pra São Paulo fica atiçado.

Bom mesmo é pregar peças nos amigos.

Muito engraçada esta sinopse de Édipo, dei gargalhadas sozinha:
Sófocles: "Édipo-Rei" - tragédia grega. Várias edições.
Resumo: Maluco tira uma onda, não ouve o que um ceguinho lhe diz e acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta. Fim.


Hoje eu vi um homem de aproximadamete 70 anos, caminhando no Flamengo com sua mulher, tropeçando na perna de um jovem sentado na calçada. Ele olhou pra trás e nem pediu desculpas, seus olhos se cruzaram e ficou por isto mesmo. A calçada é pública, faz-se nela o que quer. Mas, é sempre bom deixar um espaço pro outro e não tomar pra si o espacinho...

Novo furacão se aproxima dos Estados Unidos, a foto de satélite é aterrorizadora.

César Maia vai deixar de ter blog, porque toma muito tempo.

Faz tempo que não escrevo aqui, tô deixando meus pensamento se esvaírem, isto não é bom.

Quais os malefícios da maconha? Eu acredito que deixa mais burro, paranóico, inseguro... mas, não tenho como provar nada. Tô comentando as páginas amarelas da Veja.

E o ponto c é melhor que o ponto g, gente?

Tuesday, September 20, 2005

se eu te der um impulso, você vai contra

A mulher de 40 anos caiu do Terraço, a grade cedeu.
A velha de 80 anos foi assaltada na Barata Ribeiro, a bolsa afrouxou.
A bebê de 6 meses engatinha pra trás.
A comida na geladeira estragou.
O computador acha que o dono é outra pessoa.
Ela queria ser outra pessoa.
O que era doce acabou.
O que era pra ser nunca foi.
E o que será do contra-fluxo?
Da assalto à polícia federal?
Do medo do policial?
Da gentileza do moleque que mora na rua.
Do ódio de um pai por um filho?

Não é um imã fazendo a Terra titubear... não é domínio de outro planeta... é a própria Terra mama, girando do jeito que é pra girar mesmo.

Bota a roupa de gala pra dormir , como disse Dona Antônia, e acorda pra um outro dia, às 5 da matina e vai pra Vegas, fumar um cigarro, inventar uma mentira, dar uma rebolada e ver as pessoas transfiguradas que estão ali.

O avesso do avesso é o próprio avesso.
A realidade é esta e aquela também.

Thursday, September 15, 2005

testa franzida

testa franzida

Pensando naquele tipo de amor que só é possível de determinada forma, sobre as peculiaridades de uma relação.
A selvageria carnal de um momento, um desejo saciado, uma antropofagia intensa... as línguas, a pele, o calor, o pêso... e o indivíduo, os seus medos, as suas manias, suas preferências, seus valores... tem algum lugar que eles se encontram... e tem algum lugar que não dá mais... o tempo de duração das coisas é realmente algo muito relativo, mas, a gente é viciado pra caramba em tempo lógico e cartesiano... conheço esta pessoa há tanto tempo, fiz isto por tanto tempo, fiquei com esta pessoa por tanto tempo e quanto tempo vai durar esta merda?
Bom, tem esquinas escuras que certos indivíduos se cruzam e viram bicho pra depois voltar a ser humano, com todas as bizarrices e pensamentos e granolas, pêssegos em calda, televisões e óculos escuros.
Na Lapa tem gente muito boa.
Hoje eu vi uma menina tentando fazer cocô num peniquinho.
Outro dia eu vi um homem beijando na boca de um rato.
Em São João de Meriti eu conheci uma mulher que achava que a única forma de participação numa relação era a fala... ela nunca tinha parado pra pensar que escutando , também se participa.
Existe uma tendência à solipsia que é muito confundida com timidez e insegurança.
As coisas acontecem e você como ser vivo provoca coisas em outros seres vivos que também provocam coisas em você por ser vivo... e até uma garrafa de plástico tem sua vida e uma flor morta também.
Seria tão bom se o Brasil fosse um país honesto, onde as pessoas pagam os impostos que lhe cobram, porque eles são justos e voltados pra saúde e educação pública de boa qualidade.
Seria tão bom se todo mundo tivesse direito a saneamento básico.
Será que é possível? Eu quero acreditar que sim, que é possível ter governantes dignos.
É muito difícil tudo isto, mas, seria bom se a gente se amparasse mais, os seres humanos, e respeitasse mais as vocações, os diferentes graus de ambição... o livre arbítrio.
Na Ilha da Utopia o casamento entre um homem e uma mulher se dava colocando o parceiro nu em frente a parceira e vice-versa. Nada mais justo.
Uma amiga de uns amigos meus recomenda sexo todo dia como receita pra uma vida melhor, sem dor de cabeça e sem stress.
af,

Wednesday, September 14, 2005

crianças na maré

ontem amigos atores me contaram da apresentacão de uma peça na Favela da Maré. Antes do número musical, a platéia ficou alvoroçada... tiros do lado de fora... atores saindo da ficção e perguntando pra alguém do público o que estava acontecendo... "tiros, tiros"... eles cantaram a música... as crianças na platéia queriam mais, mas, a peça parou... quando estavam entrando na van pra voltar pra casa, uma criança perguntou " Vocês pararam a peça por causa dos tiros , né? " e a atriz respondeu: " mas, a gente cantou uma música , pelo menos... " e a criança continuava: " mas, foi por causa dos tiros , né, vocês não fizeram a peça inteira, né ? "... e foram... e as crianças ficaram ... a ver navios...



enterro com um corpo só sendo velado é coisa rara hj em dia.

Tuesday, September 13, 2005

primeiro dia de blog

tenho cá pra mim que não posso mais conter as palavras somente em diários... tenho que exercitar minha opinião sobre as coisas, abrir meus pensamentos pro mundo. é hora de arriscar.
Sempre quis ser Nina Dadi e aqui me lanço como ela. Na verdade, ela seria artista plástica e não escritora, mas, está sendo uma artista performática, pois seu ato é jogar palavras no ar.

I, myself and I, I can not keep the words only on diaries anymore... I have to exercise my opinion about things, open my thoughts for the world. It's time to risk. I've always wanted to be Nina Dadi and here I'm introducing myself as her. Actually, she would be a fine artist, not a writer, but, she's being a performer artist, cause her act is to blow words by the air.

Red Red wine / Bob Marley singing the song / it's on my mind / it's on my mouth


Just talked on the phone with three persons I love.

Toda forma de amor vale a pena. Toda forma de amor, vale amar.
Um ex-amor com o atual amor juntos em outro continente. Um amor atual com o atual amor que deixou o ex-amor pra trás.

E quanto ao risco. Nunca vivi sem ele, já fui acrobata, adoro avião, montanha russa, corrida, sexo, gargalhada... I must bring the risk to my work now. I'm risking everything I can, I'm showing the deepest of me to someone who likes reading it.

It can be a disaster, but I'm doing it and I'm feeling good.

Change the button of fear into precautions and no preocupation. Paranóias out. There are books, good people, films and lots of things to be done.

Rio de Janeiro violento. E eu querendo viver bem até os 100, com todo mundo que eu gosto vivo também.

O caminho do bem na cultura racional e na instintiva.