Nebulosa e branca está
a cordilheira.
De frestas ainda profundas e nefastas é
bela inatingível.
Vou por cima
Pouso as rodas
Do cume ao chão
Do quente ao frio
A perda faz meu espírito flutuar sem querer voltar.
Quando amo
meu espírito habita o corpo.
Entram em comunhão.
Quando desamo
desalmada fico
olhando o cume desta alma oscilante.
Já o corpo este
não sente o primordial desejo de subir.
Pra descer todo santo e a sorte
de um par de esquis ajudam.
Vou-me farta
desenrolando da cabeça aos pés
sobre a neve gélida
que você se tornou.
Sou avalanche.
Eu sou avalanche
Rasgo em busca do espírito que me deixou.
Re-encaixe. Conteúdo e forma desfrutando prazer
no flow.
Alma deslizante sobre um corpo. Este sim ficou.
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