tô encontrando minha vocação, isto tá me deixando muito feliz.
vocação pra bailar
pra roçar
pra rir
pra criar poesia concreta
poesia concreta no sentido dela existir
poesia viva
corpo falando, andando, sentando, comendo
gente junta
brincando de faz de conta
misturando com o é assim mesmo
com o que pode ser e com o que será
plano-sequência efêmero
teatro
teatro
teatro
we do love it
Poemas de Nina Dadi ou Dani Dani ou Dani Fortes ou DCF ou Daniela Corrêa Fortes
Saturday, August 26, 2006
Monday, June 19, 2006
o que nos resta é o silêncio
Peça do Joelson no Sesc Copacabana. acabou hoje. Na verdade, crítica da crítica da Bárbara sobre a peça do Joelson: Bárbara passou dos limites desta vez, não através da costumeira escrotização, mas, desta vez por preguiça. A crítica da peça do Joelson, era, em sua metade a transcrição do texto que o diretor escreveu no programa da peça.
Bom, então falando sobre a peça. díficil saber se ele é um fascista ou se ele é um cara que está a fim de falar sobre o fascismo. Talvez eu esteja sendo um pouco exagerada e até ignorante como todas as pessoas que moram no prédio da Praia de Botafogo, onde mora um dos personagens mais maus da trama.
Tem trama? Tem alguma, mas, poderia ter mais.
Eu gostei da peça pela coragem do Joelson de chegar, juntar os atores, escrever, dirigir e colocar em cartaz, afinal de contas, isto não é nem um pouco fácil e ele fez.
Bom, aquela música do Vinólia, sabe qual é? Do Vinólia? Como é que é? do sabonete? É Vivaldi, caralho! Esta frase poderia ser dita pelo Joelson, acho... e aquele personagem tem a ver com ele, mas, é exacerbado... O meu medo é que ao falar destas coisas, você estimule as pessoas a pensarem deste jeito. Nem todo mundo tem a percepção de que o teatro possa ser uma crítica ao que está sendo colocado ali. Como qualquer novela da Globo aliás.
O Fabiano, que é ator e anão, faz a peça também e isto é um trunfo que Joelson guarda, para o momento que a peça tem uma barriga e aí , com o anão entrando, ele acorda quem estava dormindo. O fato é que o anão é guerreiro e cínico. O Fabiano é um ótimo ator, consciente da sua condição e capaz de rir de si mesmo ( ele faz isto nesta peça). O fato é que nós , como espectadores, por não conhecermos o Fabiano pessoalmente, cheios de preconceitos e culpas na cabeça, ficamos achando que o diretor colocou o Fabiano ali, dançando uma espécie de "é o tchan" e sendo sacaneado pelos outros personagens... alguma pessoas não aturam ver isto com bons olhos, ou com olhos cínicos, ou com olhos distanciados.
Um ator é um ator, ele brinca de faz de conta, e o Fabiano faz isto muito bem. Dá um show, dá porrada na cara da gente.
E, se precisar, quando acabar a peça, vender chiclete no sinal pra ganhar um dinheiro, ele vai também.
Conheço pessoalmente dois anões na minha vida. Adoro os dois. São pessoas com cabeças boas, que gostam de arte e lutam por isto. Uma é a Bebel, Isabel Portella, que é curadora de museus, museóloga, gente fina pra chuchu e o outro é o Fabiano.
Voltando à peça do Joelson, tá falando disto mesmo, de preconceito, de maldade, de hipocrisia, de ignorância, dentre outras coisas.
Eu, que sou cidadã brasileira e tento trabalhar estas coisas, sem perder o cinismo e a consciência crítica, fico confusa, admito. É preciso acostumar-se ao exercício teatral, para se ver algo assim, porque na realidade as coisas são ditas, mas, nem sempre vistas ou ouvidas... ou até nem sempre ditas... Minha mãe iria ficar meio chocada se visse, eu acho. Mas, acho também que o que o Joelson queria era isto mesmo.
Diz aí, Joelson!
Ao contrário de Bárbara, a única coisa que não gostei mesmo foi o cenário e o figurino. Entendi a questão " trabalhar com clichês" que Joelson propõe. Vermelho, preto e branco. Banheira. Cadeiras de roda. Maquiagem de palhaço.
anão, atração de circo. Mas, prefiro ver uma coisa e depois outra... o visual poderia não ser uma redundância do que o próprio texto está expondo.
não sei , não, mas, desconfio ( positivamente ) deste cara. Valeu o trabalho. Sinto falta de delicadeza, de sutilidades, de mais cinismo mesmo . Pra falar destas coisas, dá pra não ser agressivo... o negócio é como.
Bom, então falando sobre a peça. díficil saber se ele é um fascista ou se ele é um cara que está a fim de falar sobre o fascismo. Talvez eu esteja sendo um pouco exagerada e até ignorante como todas as pessoas que moram no prédio da Praia de Botafogo, onde mora um dos personagens mais maus da trama.
Tem trama? Tem alguma, mas, poderia ter mais.
Eu gostei da peça pela coragem do Joelson de chegar, juntar os atores, escrever, dirigir e colocar em cartaz, afinal de contas, isto não é nem um pouco fácil e ele fez.
Bom, aquela música do Vinólia, sabe qual é? Do Vinólia? Como é que é? do sabonete? É Vivaldi, caralho! Esta frase poderia ser dita pelo Joelson, acho... e aquele personagem tem a ver com ele, mas, é exacerbado... O meu medo é que ao falar destas coisas, você estimule as pessoas a pensarem deste jeito. Nem todo mundo tem a percepção de que o teatro possa ser uma crítica ao que está sendo colocado ali. Como qualquer novela da Globo aliás.
O Fabiano, que é ator e anão, faz a peça também e isto é um trunfo que Joelson guarda, para o momento que a peça tem uma barriga e aí , com o anão entrando, ele acorda quem estava dormindo. O fato é que o anão é guerreiro e cínico. O Fabiano é um ótimo ator, consciente da sua condição e capaz de rir de si mesmo ( ele faz isto nesta peça). O fato é que nós , como espectadores, por não conhecermos o Fabiano pessoalmente, cheios de preconceitos e culpas na cabeça, ficamos achando que o diretor colocou o Fabiano ali, dançando uma espécie de "é o tchan" e sendo sacaneado pelos outros personagens... alguma pessoas não aturam ver isto com bons olhos, ou com olhos cínicos, ou com olhos distanciados.
Um ator é um ator, ele brinca de faz de conta, e o Fabiano faz isto muito bem. Dá um show, dá porrada na cara da gente.
E, se precisar, quando acabar a peça, vender chiclete no sinal pra ganhar um dinheiro, ele vai também.
Conheço pessoalmente dois anões na minha vida. Adoro os dois. São pessoas com cabeças boas, que gostam de arte e lutam por isto. Uma é a Bebel, Isabel Portella, que é curadora de museus, museóloga, gente fina pra chuchu e o outro é o Fabiano.
Voltando à peça do Joelson, tá falando disto mesmo, de preconceito, de maldade, de hipocrisia, de ignorância, dentre outras coisas.
Eu, que sou cidadã brasileira e tento trabalhar estas coisas, sem perder o cinismo e a consciência crítica, fico confusa, admito. É preciso acostumar-se ao exercício teatral, para se ver algo assim, porque na realidade as coisas são ditas, mas, nem sempre vistas ou ouvidas... ou até nem sempre ditas... Minha mãe iria ficar meio chocada se visse, eu acho. Mas, acho também que o que o Joelson queria era isto mesmo.
Diz aí, Joelson!
Ao contrário de Bárbara, a única coisa que não gostei mesmo foi o cenário e o figurino. Entendi a questão " trabalhar com clichês" que Joelson propõe. Vermelho, preto e branco. Banheira. Cadeiras de roda. Maquiagem de palhaço.
anão, atração de circo. Mas, prefiro ver uma coisa e depois outra... o visual poderia não ser uma redundância do que o próprio texto está expondo.
não sei , não, mas, desconfio ( positivamente ) deste cara. Valeu o trabalho. Sinto falta de delicadeza, de sutilidades, de mais cinismo mesmo . Pra falar destas coisas, dá pra não ser agressivo... o negócio é como.
copa
O sol batendo nas bandeiras verde e amarelas que estão penduradas nos fios suspensos das ruas, as famílias se unem... hoje foi concentração total e valeu a pena. Brasil fez 2 a 0 contra a Austrália, deixando aqueles homens grandes que saltam como cangurus sem conseguir marcar nenhum golzinho. Bom, que bom. Quinta tem mais e vai ser brincadeira e depois tem mais também. Não sei porque, mas, eu gosto muito desta farra.
Thursday, May 18, 2006
políticus chatus
Hoje , fiquei pensando uma coisa, ao ver um espetáculo, que me disseram que era peça e era dança , na verdade e , na verdade mesmo não era nada além da pretensão de ser alguma coisa muito inteligente e descontextualizada, porque um espanhol chegou em terras brasileiras cariocas, assim como fez em outros lugares pelo mundo, e resolveu fazer um espetáculo político sobre as impressões dele. Um homus politicus, um corpo que ele até conseguiu que fosse político, porque o corpo de Denise Stutz e André Masseno são pra lá de profissionais e sabem o que fazem, então , lá no meio , têm movimentações incríveis destes dois intérpretes, que tem dezenas de anos de carreira pelas costas e muito know how sobre o que fazem, mas, Gui, que é filho de Denise , já é mais cru, e apesar de ter um corpo disposto, me parece mais querendo parecer, do que sendo exatamente... mas, é bonito pensar que do corpo dela , veio o dele e tal e coisa... porque afinal de contas eles ficam pelados a maior parte do tempo. Desculpem leitores, mesmo os poucos, estou me sentindo barbarizando hoje, mas, achei tão chato o espetáculo, fiquei tão entediada... e aí pensava no Caetano falando " vocês não tão entendendo nada! ", porque eu pensava, "Vai ver que não estou entendendo nada " e aí eu tentava entender e aí continuava chato e... tudo bem, político... e eu tenho preconceito com política, assim como todo brasileiro, eu tenho preconceito por razões particulares, além das razões óbvias de traumas de cidadania que todo brasileiro tem... falando em política, eu procuro pensar nos políticos honestos, focar neles e gosto de cagar pros filhas da puta, o que nem sempre é o que se tende a fazer... fiquei pensando que esta é a melhor forma de se pensar nos políticos hoje em dia... em vez de dar ênfase aos que não sabem fazer direito, dar ênfase aos que , pelo menos, tentam... mas, anyway, vamos ao que sentei aqui pra escrever:
dança conceitual, se é pra ser feita, não deveria ser na caixa preta, porque é muito ruim ficar olhando , sem ter, não digo a liberdade, porque esta a gente tem em qualquer espetáculo, mas, a cara de pau de comer, beber alguma coisa, ou simplesmente sair, ou simplesmente... Ah! quem vem com este papo de " Tudo é perimitido" se esquece que o ser humano já sabe as regras do jogo, e joga ele conforme quer... pra que explicitar o que pode e o que não pode? Não ajuda em nada...
Bom, conceito pra mim... lição de moral pra mim.... tem que ser de um jeito descontraído , no mínimo, porque senão vira arrogância e tédio... eu odiei o que vi esta noite... não pelos intérpretes, que são maravilhosos... principalmente Dê e André - acho que foi a primeira vez que vi Gui em cena e acho que ele foi mal dirigido - , mas, pelo diretor que não estou aqui com o nome agora, mas, se encontrar... escrevo.
Perdão, minha gente, sou cada vez mais a favor de arte entretenimento, que por mais que queira ser política, que seja com humor, que saiba divertir o espectador, e não só encher o saco. Abaixo o aluguel no teatro! Pelo menos permita que o sujeito chegue a hora que bem entender e saia a hora que bem entender, que o sujeito coma, beba, comente com o amigo... Se quer fazer, faça looping, vire performance e pare de pensar que está fazendo algo novo.
Eu, talvez, não entendido nada, vejam bem. Eu, e meia torcida do flamengo.
E perdão, Denise... eu chorei e gostei de " Dois filhos de Francisco ", se é que você me entende...
dança conceitual, se é pra ser feita, não deveria ser na caixa preta, porque é muito ruim ficar olhando , sem ter, não digo a liberdade, porque esta a gente tem em qualquer espetáculo, mas, a cara de pau de comer, beber alguma coisa, ou simplesmente sair, ou simplesmente... Ah! quem vem com este papo de " Tudo é perimitido" se esquece que o ser humano já sabe as regras do jogo, e joga ele conforme quer... pra que explicitar o que pode e o que não pode? Não ajuda em nada...
Bom, conceito pra mim... lição de moral pra mim.... tem que ser de um jeito descontraído , no mínimo, porque senão vira arrogância e tédio... eu odiei o que vi esta noite... não pelos intérpretes, que são maravilhosos... principalmente Dê e André - acho que foi a primeira vez que vi Gui em cena e acho que ele foi mal dirigido - , mas, pelo diretor que não estou aqui com o nome agora, mas, se encontrar... escrevo.
Perdão, minha gente, sou cada vez mais a favor de arte entretenimento, que por mais que queira ser política, que seja com humor, que saiba divertir o espectador, e não só encher o saco. Abaixo o aluguel no teatro! Pelo menos permita que o sujeito chegue a hora que bem entender e saia a hora que bem entender, que o sujeito coma, beba, comente com o amigo... Se quer fazer, faça looping, vire performance e pare de pensar que está fazendo algo novo.
Eu, talvez, não entendido nada, vejam bem. Eu, e meia torcida do flamengo.
E perdão, Denise... eu chorei e gostei de " Dois filhos de Francisco ", se é que você me entende...
Saturday, May 06, 2006
entre o concreto e o concreto
Tem amor que se vive
Tem amor que se diz
Tem viver que se imagina
Tem amor que se vive
Tem amor que se diz
Tem viver que se imagina
Tem amor que se vive
Monday, April 17, 2006
E até neve ele viu
A flor constante de um amor que desabrocha
No olhar da calma, na convivência da alma
Os pássaros tentam voar na direção que querem
Mas, o o vento forte os carrega na direção que vem de outras terras
Uma curva acentuada na plainação diária
Massa cinzenta pensa em conjunto
Mar, terra, céu, estrada
Não tem palheta a tempestade
É misteriosamente cega e fosca
Prateada
Nunca se sabe o tamanho da onda que vem
A gente virou bicho assim
Com medo de gente
Com medo do mar
Com medo de neve nos trópicos
Com medo do mundo acabar.
Se tudo acaba, pra que ter medo do fim?
No olhar da calma, na convivência da alma
Os pássaros tentam voar na direção que querem
Mas, o o vento forte os carrega na direção que vem de outras terras
Uma curva acentuada na plainação diária
Massa cinzenta pensa em conjunto
Mar, terra, céu, estrada
Não tem palheta a tempestade
É misteriosamente cega e fosca
Prateada
Nunca se sabe o tamanho da onda que vem
A gente virou bicho assim
Com medo de gente
Com medo do mar
Com medo de neve nos trópicos
Com medo do mundo acabar.
Se tudo acaba, pra que ter medo do fim?
Wednesday, March 29, 2006
A vida é um teste
O que importa é competir... é o que ouvia... e aí, acreditando nisto, virou artista performática, cuja obra principal é performar em testes e mais testes... se veste de terno, faz prova pra empresa privada, conversa com fulano sobre projeto, dá idéias mil, ri, passa tardes agradáveis, ganha o cachê teste que em São Paulo pode ser até satisfatório, lê os livros, faz a prova, não pega o resultado, não importa ... Quando é que a pessoa começa a trabalhar? Quando passa num teste. E quando é que se passa num teste? Quando se é BOA, caralho!
O que importa não é ganhar, é competir... viver as experiências e esquecer que ali é só um meio de se chegar a algum lugar e não o lugar em si.
Teste, experimente, arrisque ... e o amadorismo acaba sendo um vício de felicidade.
É impressão ou ela tá reclamando?
O que importa não é ganhar, é competir... viver as experiências e esquecer que ali é só um meio de se chegar a algum lugar e não o lugar em si.
Teste, experimente, arrisque ... e o amadorismo acaba sendo um vício de felicidade.
É impressão ou ela tá reclamando?
Sunday, March 26, 2006
Uma bebê de 1 ano, se jogava na piscina de bola, dançava, gargalhava, virava de cabeça pra baixo e suava como louca. Outra bebê de 1 ano, olhava a decoração, dava berros e não saía de perto do som, pra controlar a música que tava tocando. O outro bebê de 1 ano ainda não tinha aprendido a andar, mas, sabia encaixar os triângulos, nos triângulos, os losangos nos losangos...
Bom, já sabemos quem é quem logo no início da vida...
Daqui a pouco estamos como Shaw previu. Saindo de ovos e vivendo por 4 anos. Porque só no primeiro, já deu pra falar línguas, conhecer pessoas e lugares, provar sabores e tal, no segundo, amadurecimento, quem sabe reprodução, no terceiro, producão, no quarto, decadência... Não era bem isto a previsão do Shaw... mas, anexarei em seguida, assim que meu livro voltar pra mim.
Bebês! Que legal que eles são!
Bom, já sabemos quem é quem logo no início da vida...
Daqui a pouco estamos como Shaw previu. Saindo de ovos e vivendo por 4 anos. Porque só no primeiro, já deu pra falar línguas, conhecer pessoas e lugares, provar sabores e tal, no segundo, amadurecimento, quem sabe reprodução, no terceiro, producão, no quarto, decadência... Não era bem isto a previsão do Shaw... mas, anexarei em seguida, assim que meu livro voltar pra mim.
Bebês! Que legal que eles são!
filmes
E aquele filme, cê viu? Não, não vi, mas, vi aquele... Ah! Aquele com aquele ator que fez aquele outro? Ah... não sei, este eu não vi, mas, dizem que é bom... É, era bom, mas, este outro que vc tá falando eu não vi, mas, vou ver...
será que eu falo daquele que eu vi e gostei? Não, já tá velho pelo papo que tá rolando aqui, vou acabar queimando o meu...
caraca, neguinho!que que tá acontecendo com a rapidez da minha cabecinha?
acho que tô indo à praia demais...
e só lembro daquele do Cassavetes... Women under the influence... Meu Deus, como chorei! Alguma coisa tocou fundo em mim...
E aquele sobre a vida do Peter Sellers... também... pra ser ator, não dá pra ficar saindo do personagem toda hora... mas, sofra, quem quiser sofrer? Não , não é bem por aí...
será que eu falo daquele que eu vi e gostei? Não, já tá velho pelo papo que tá rolando aqui, vou acabar queimando o meu...
caraca, neguinho!que que tá acontecendo com a rapidez da minha cabecinha?
acho que tô indo à praia demais...
e só lembro daquele do Cassavetes... Women under the influence... Meu Deus, como chorei! Alguma coisa tocou fundo em mim...
E aquele sobre a vida do Peter Sellers... também... pra ser ator, não dá pra ficar saindo do personagem toda hora... mas, sofra, quem quiser sofrer? Não , não é bem por aí...
intelectual proletarizado urbano
Esta é pra alguém que eu conheço:
temos que desmistificar a palavra " intelectual"
ele ou ela, pode estar ao seu lado... é mais fácil do que se imagina... gostar do verbo, do campo, da memória, das páginas, do estudo, do debate...
que eles estejam sempre perto de nós! Os intelectuais!
Os intelectuais pops!
temos que desmistificar a palavra " intelectual"
ele ou ela, pode estar ao seu lado... é mais fácil do que se imagina... gostar do verbo, do campo, da memória, das páginas, do estudo, do debate...
que eles estejam sempre perto de nós! Os intelectuais!
Os intelectuais pops!
questã eterna
"Tô cheio de tempo e não sei o que fazer!" - disse a criança de 8 anos - e o tio respondeu - "Este é o problema que vai te perseguir o resto da vida".
e a galera entoa em conjunto ÚÚÚ ( no tom de bola que passou rasante ao gol )
e a galera entoa em conjunto ÚÚÚ ( no tom de bola que passou rasante ao gol )
Wednesday, March 15, 2006
disciplina
disciplina, nous voulont, disciplina
disciplina e verve
versatile versification
verité verdict vermeil le
vexation
viande vicier
vide
vieil vie
disciplina e verve
versatile versification
verité verdict vermeil le
vexation
viande vicier
vide
vieil vie
invasão e roubo
O problema é se quando encontra, em vez de mostrar pra você, "olha só, o que eu encontrei", toma pra si.
Isto, quando se descobre, dói.
Isto, quando se descobre, dói.
Super proteção
Às vezes a gente esconde as coisas tão bem, que , mesmo procurando, outras pessoas encontram antes de você.
Tuesday, March 14, 2006
O maravilhoso estranho mundo dos pensamentos quando você começa a entender
Eu queria instalar pontos de telefone, computador e televisão num apartamento velho reformado. Comecei a pesquisar sobre o assunto e de repente já estava ligando uma televisão pra cada canal, imaginando sessões individuais de cabines de vídeo pros quatro filhos, um mega vídeo -game conectado na internet, uma lan house dentro da minha casa, três espaçonaves e uma nave mãe, uma comunicação ultraintensiva com qualquer pessoa que se desejasse, a falação do ver e do sentir, a brincadeira com o tempo, o espelho instantâneo de qualquer pessoa, a casa um parque de diversões, as músicas, as pessoas, os ambientes... ai, ai... eu sabia que não era pr'eu começar a querer entender estas coisas...
...É tudo isto legal demais, a cabeça vai longe e a humanidade corre atrás pra conseguir na prática.
...É tudo isto legal demais, a cabeça vai longe e a humanidade corre atrás pra conseguir na prática.
Friday, March 10, 2006
editais de teatro e danca
Os editais de teatro e dança poderiam ser separados por categorias como estreante ou não-estreante, assim começaram a ser feitos os editais de cinema, ou então, categoria anos 80, categoria anos 90, categoria ano 2000. Ontem estavam espalhados pela cidade diversos cidadãos que enviavam seus projetos pra Funarte... São poucos os privilegiados... Veremos.
Friday, February 24, 2006
Julio Adrião
"Descobridor das Américas " - peça em cartaz na Rua do Mercado, é maravilhosa. Boa reunião de pessoas, gargalhada garantida e observação e convivência de gargalhadas também, ( e caras de nojo... ha, ha - das mais frescas... ) Julio Adrião esculachando - até um certo jeito carioca folião demais, mas, tá ótimo, porque é energia boa - e repetindo uma partitura de gestos, com diferentes qualidades e de forma perfeita... falando texto ininterruptamente - contando a história escrita por Dario Fo, de um homem que vive mil aventuras, fugindo da Inquisição e vem parar em terras na América, virando escravo, comida de índio, cirurgião por surpresa, salvando a pele deles e dos amigos todos, até os que antes iam comê-lo, e acaba virando santo e deitando numa rede.
Mas, enfim, é ótimo. E o pessoal da Casa da Rua do Mercado é uma maravilha! Programão!
Mas, enfim, é ótimo. E o pessoal da Casa da Rua do Mercado é uma maravilha! Programão!
Thursday, January 26, 2006
adicionando informações que faltavam
Sobre o que escrevi em 20 de outubro do ano passado " quando as pessoas se expressam ", acrescento: as atrizes guerreiras que atuam e produzem "Ovo Frito" chamam- se Alessandra Colasanti - desta eu não tinha esquecido o sobrenome - Julia Carrera e Luciana Borghi.
E o nome do autor de "Utopia" é: Thomas More.
Apenas anexos relativos aos lapsos de memória que aconteceram naquele dia.
E, dei aquele interpretação da "mala de dinheiro", porque quando a atriz Julia Carrera fala este texto, ela se emociona, leva o olhar para o alto e coloca , às vezes, as duas palmas das mãos pra cima... o que me fez entender que ela talvez estivesse falando como se fosse um padre, ou um pastor... que prometia a "mala de dinheiro". Mas, isto é uma interpretação minha, da minha pessoa, não sei se as pessoas lêem desta forma.
Anyway, continuo recomendando a peça e o debate. E, não é meia hora de cada, mas, sim, 1 hora de cada.
Ontem vi as três atrizes - produtoras fazendo contas no Fiorentina... bonito de ver. É trabalhando que a gente chega lá.
E o nome do autor de "Utopia" é: Thomas More.
Apenas anexos relativos aos lapsos de memória que aconteceram naquele dia.
E, dei aquele interpretação da "mala de dinheiro", porque quando a atriz Julia Carrera fala este texto, ela se emociona, leva o olhar para o alto e coloca , às vezes, as duas palmas das mãos pra cima... o que me fez entender que ela talvez estivesse falando como se fosse um padre, ou um pastor... que prometia a "mala de dinheiro". Mas, isto é uma interpretação minha, da minha pessoa, não sei se as pessoas lêem desta forma.
Anyway, continuo recomendando a peça e o debate. E, não é meia hora de cada, mas, sim, 1 hora de cada.
Ontem vi as três atrizes - produtoras fazendo contas no Fiorentina... bonito de ver. É trabalhando que a gente chega lá.
Wednesday, January 25, 2006
matéria jornalística feita com desleixo
Que verdadeira merda a matéria da Veja sobre "traicão virtual". Rasa, superficial, preguiçosa, banal, estúpida. Matérias assim colaboram para o incentivo de mentalidades tortas, machistas, aprisionadoras da alma, conservadoras ao extremo e ignorantes. A internet é uma máquina maravilhosa de informacão e troca... e a comunicação com outras pessoas é complexa desde que a gente se entende por gente. A internet é mais uma forma de comunicação. A matéria poderia ser sobre o tempo que se gasta com isto, sobre a sensação de se estar perto de uma pessoa fisicamente, mas, na verdade estar mais perto da pessoa que se comunica virtualmente com você, por exemplo. É um assunto tão atual, tão presente, tão importante e tão altamente complexo que deveria ser tratado por filósofos e psicólogos. E, se for pra se fazer uma matéria jornalística comportamental, deveria ser feita através de entrevistas com pessoas interessantes e não estes bossais que terminam o casamento, proibem a comunicação virtual do parceiro ou supervisionam obsessivamente a vida do outro. A curiosidade existe sim. Ciúme existe também, mas não é privando o ser de maravilhas tecnológicas que se resolve o assunto. Isto é fascismo privado. Se existe a possibilidade de comunicação com o mundo, a possibilidade de fazer novos amigos, cada um e todos nós devemos fazer o exercício de utilizar isto a nosso próprio prazer. Cada um sabe seu limite e , se não souber, talvez vá saber um dia ou outro, assim como em qualquer outra situação "real". E não adianta separar as coisas, a realidade inclui completamente a virtualidade.
Proibir a pessoa de se comunicar pela internet , ou supervisionar tudo que se é dito lá, é quase como tentar controlar os sonhos da outra pessoa. Tudo bem, estou exagerando, uma coisa é consciente e outra é subconsciente, mas, cada sabe o que faz...
Bom, nem sempre o ser humano tem bom senso e não é a toa que existem as leis, para limitar quem não percebe o limite do indivíduo na civilização.
O código civil vai incluir cada vez mais leis relacionadas a internet. E a matéria poderia , por exemplo , ir mais fundo neste assunto.
E, até onde eu sei, pelo menos as ondas de comunicação não são prejudiciais ao meio ambiente. Então, nada melhor, natureza e muita comunicação, informação e troca entre as pessoas.
A monogamia é um mistério. Por que desejamos?
O documentário sobre pinguins é o maior sucesso nos EUA, depois de Michael Moore... todos querem entender a monogamia do pinguim, pra ver se entendem o desejo de monogamia no ser humano. Algo está errado, mas, também não sei exatamente o quê.
A minha revolta em relação à reportagem é porque o assunto me interessa e foi tratado com desleixo. Um absurdo, por ser num canal de informação tão potente como esta revista que lhes é citada. Mentalidade de extrema direita tomando conta e alastrando seu vírus pela sociedade brasileira.
Daniela Pinheiro é o nome da jornalista que não teve tempo ou disposição pra pesquisar melhor sobre o assunto.
Proibir a pessoa de se comunicar pela internet , ou supervisionar tudo que se é dito lá, é quase como tentar controlar os sonhos da outra pessoa. Tudo bem, estou exagerando, uma coisa é consciente e outra é subconsciente, mas, cada sabe o que faz...
Bom, nem sempre o ser humano tem bom senso e não é a toa que existem as leis, para limitar quem não percebe o limite do indivíduo na civilização.
O código civil vai incluir cada vez mais leis relacionadas a internet. E a matéria poderia , por exemplo , ir mais fundo neste assunto.
E, até onde eu sei, pelo menos as ondas de comunicação não são prejudiciais ao meio ambiente. Então, nada melhor, natureza e muita comunicação, informação e troca entre as pessoas.
A monogamia é um mistério. Por que desejamos?
O documentário sobre pinguins é o maior sucesso nos EUA, depois de Michael Moore... todos querem entender a monogamia do pinguim, pra ver se entendem o desejo de monogamia no ser humano. Algo está errado, mas, também não sei exatamente o quê.
A minha revolta em relação à reportagem é porque o assunto me interessa e foi tratado com desleixo. Um absurdo, por ser num canal de informação tão potente como esta revista que lhes é citada. Mentalidade de extrema direita tomando conta e alastrando seu vírus pela sociedade brasileira.
Daniela Pinheiro é o nome da jornalista que não teve tempo ou disposição pra pesquisar melhor sobre o assunto.
Friday, January 20, 2006
Pra rebater a Barbárie
"Dinheiro Grátis " de Michel Melamed ( e Alessandra Colassanti - direção, Luiza Marcier - figurino, Lucas Marcier - trilha, Luciana Brites - movimento... ) - decorem estes nomes, esta gente é das boas...
Bom, começar pelo começo.
Michel é o melhor poeta carioca contemporâneo, na minha opinião. E é assim há muito tempo, nas ruas, na praia, nos bares, nos palcos, nos telefones ... ele sempre se dedicou a elas, às palavras, com muito respeito e alguns muitos resultados bem sucedidos. Sejam elas pensadas e repensadas, escritas e relidas ou faladas espontaneamente.
As faladas espontaneamente, ele foi pegando o jeito de usá-las com o tempo, principalmente na vida, e ainda, tenho certeza, vai melhorar muito no jogo" téte a téte", apesar de já estar bem quentinho no assunto.
Além do cotidiano social sincero, a televisão ( Michel tem um programa de entrevistas ) começou a tornar a prática da espontaneidade mais frequente, mas, apresentar o Cep 20 mil já tinha um "quê" de mestre de cerimônias, " respeitável público ".
E agora ele está lá ( acho que já saiu de cartaz, mas, espero que volte logo ), o mestre de cerimônias, meio ator, meio show man, meio menino inteligente, meio homem político sem papas na língua, meio "standup comedy man" e sobretudo, mais uma vez, um grande poeta, na Arena do Sesc - cada vez gosto mais daquele teatro - enfrentando os leões - de Copacabana, Ipanema, zona sul em geral, maioria classe média, talvez alguns milionários e miseráveis anônimos, mas, maioria classe média, como ele mesmo checa e confirma - com seu leilão de filosofias sobre o valor das coisas.
E ao contrário do que disse Bárbara - já já falo sobre isto - ele está sim, interagindo muito com seu público, que se diverte, e muito, dando opiniões e lances de dinheiro para/com ele.
Michel, vestindo uma jaqueta chiquérrima, passa o seu chapéu/cartola e depois o coloca no centro do palco, com um foco de luz, tornando-oa ( é umoa cartola chapéu linda ) personagem principal de seu teatro, pois está preenchidoa com a arrecadação que ele vai executando durante a peça.
OA é a nova vogal que ele lança. Peça de teatro que nada, ele inventou uma nova vogal! E não é assim que se escreve, mas, já , já veremo-oa inseridoa nos teclados de computador. É uma vogal unisex! Good!
Bom, então, a arrecadação de dinheiro que preenche oa cartola é de notas e moedas dadas pelo público durante a peça, por diversos motivos estimulados pelo poeta leiloeiro Michel, dinheiro este que em outros momentos é usado pra comprar este mesmo público, a fim de conseguir cenas improvisadas pelas figuras que achavam que estavam ali só pra ver.
Quanto ao que acontece com o dinheiro no final... só vendo... mas, é bom, na minha opinião.
Falando um pouco sobre o cenário/instalação, a platéia é composta não só de quem está lá no dia, mas, também de ampliações de fotos 3x4 de grandes figuras históricas, como Hitler, Jesus Cristo... Pedro Bial... o que faz com que nem nós, nem Michel, nos sintamos sozinhos nesta discussão sobre economia existencial.
E, de certa forma, coloca Michel no lugar de uma figura pública também... e , de certa forma, nos diz que todos nós, com nossas cabecinhas e idiossincrasias, somos importantes também. O que é ótimo como argumento... 15 minutos de fama, andy warhol e tal.
Olha só, eu sou fã, suspeita, e quem dera ser crítica neste momento, apesar de não querer este fardo de jeito nenhum - porque a maioria ( disse, maioria e não todos ) dos críticos é odiada, assim como a maioria dos políticos ( coisa que acho lastimável, porque se fossem pessoas honestas com vocação pra coisa, sem vaidades individuais, mas, com respeito à vida pública, e eticamente corretos, poderiam adquirir respeito e confiança da população... mas, acredito que um dia a gente chega lá... existem poucos - críticos e políticos - trabalhando pra tal, poucos, mas, existentes ) - e nem me achar intelectual suficiente pra querer uma coisa assim e até porque sou artista e portanto porto uma bandeira muito próxima do fazer, o que me torna quase uma advogada de defesa da criação artística, pra analisar qualquer trabalho de arte. Sou compreensiva com os processos, que eu prezo muito, e exagerada amante das artes cênicas. Se fosse pra ser crítica, acabaria caindo no gosto pessoal e isto não ia ser bom.
Mas, faço aqui uma corrente contra o que chamo de caretice conservadora.
Tô falando isto, porque dá vontade de ler pessoas de bom gosto falando sobre teatro nas páginas dos jornais cariocas ( estou por fora dos outros críticos do Brasil , vou até me informar mais, perdão ). Bom , aqui temos Macksen Luiz e Lionel Fischer, que me parecem mais sensíveis e congruentes, (mas, ainda assim, não tanto quanto o falecido Yan Michalski ) e Bárbara Heliodora. Sobre esta última, não sei o que se passa. Uma vez soube que ela entornava uma garrafa de whiskie a cada crítica que escrevia, mas, pouco importa seu método, desde que suas palavras tenham coerência, não estou aqui pra fazer o mesmo papel que ela, aos avessos, sendo crítica sem educação da própria crítica e especulando sobre sua vida e sobre os estímulos que a levam a escrever tal e tal coisa. Não quero fazer tal coisa, apesar de me achar no direito de ter uma certa leviandade no meio que estou usufruindo pra emitir as idéias.
Não consigo entender Bárbara gostar de " Regurgitofagia " ( primeiro espetáculo-solo de Michel) e não gostar de " Dinheiro Grátis ", o segundo é melhor que o primeiro, na minha opinião, claro, sou eu que estou escrevendo - mas, sei que outras pessoas andam se questionando sobre o valor de "Dinheiro Grátis", além de Bárbara, vou até pautar o assunto para a mesa do bar com quem está por dentro...
Não quero desconsiderar o texto de "Regurgitofagia", que eu adoro e acho que é a melhor coisa de tal espetáculo - quase uma apresentação das poesias de Michel ao grande público - e é um trabalho que levou pelo menos 10 anos pra ser feito, pelo que eu acompanhei, enquanto , "Dinheiro Grátis", foi feito mais rápido - Michel, Leca, me corrijam, se eu estiver errada. Mas, como exercício teatral " Dinheiro Grátis" é mais vivo e, tudo bem , as reações da platéia ( risos, murmúrios, palavras... ) não causam choques elétricos, literalmente falando, em Michel, como em "Regurgitofagia", mas, em " Dinheiro Grátis", a platéia participa ativamente muito mais do debate em torno do dinheiro e pensa mais sobre ativismo político, seja ele qual for.
Além de ter , em "Dinheiro Grátis", cenas em que Michel utiliza mais seu corpo ou relaxa no abstracionismo dos sons produzidos também pelo seu corpo, ilusoriamente ou não, - estou falando de uma cena específica em que Michel se diverte com os aparatos teatrais e acaba divertindo quem está vendo e ouvindo também - está mais seguro nos maneirismos de se falar determinada ou determinada coisa, acabando por estar mais irônico, mais ator, mais performer... além de poeta, coisa que ele já é.
Conclusão, "Dinheiro Grátis" é uma comédia divertida e inteligente, comédia que faz pensar também. Uma peça altamente recomendável.
Talvez eu tenha gostado mais da direção de Alessandra no segundo, da iluminação ( esqueci quem fez, mas, é muito boa e também irônica) e do figurino de Luiza também, mais em "Dinheiro Grátis" que no primeiro e, talvez goste igualmente dos textos das duas peças, mas como dar crédito a estes trabalhos é muito difícil, prefiro falar dos resultados de dois trabalhos em equipe que vi.
Teremos ainda o terceiro espetáculo, porque Michel que estes trabalhos são parte de uma trilogia. Eu acho uma pena ser uma trilogia, porque acredito que Michel vai continuar fazendo espetáculos assim e , acho, tomara, que vão ser mais de três, mas, isto só o futuro e o próprio Michel podem dizer.
E , continuando a filosofia superficial sobre as críticas de artes cênicas brasileiras. Por que os críticos de arte brasileiros não conseguem falar bem das coisas do início ao fim, por que não conseguem só elogiar, alguma vez? Existe a perfeição absoluta neste mundo que eles habitam? Bem, falo isto , porque li uma crítica no jornal francês " Le Monde " em que o sujeito - depois posto aqui o nome dele - falava bem de " Ensaio.Hamlet" do início ao fim da crítica e a sensação era maravilhosa. Ele gostou da peça e não teve medo de dizer isto.
Bom, só me passou pela cabeça este pensamento: será que brasileiro tem medo de emitir opinião, digo, anda com medo de levantar bandeira?
Não sei... tô jogando a questão no ar... e não tô falando só de crítico de artes cênicas não, tô falando de crítico em geral e de político e de cidadãos, tô me incluindo nisto também, porque tb sou brazuca. Estamos com medo de ter ideologia? Com medo de não sermos amados pelas nossas opiniões? Com culpa de ser o que somos e achar o que achamos? Com medo de sermos acusados de partidários, de protetores dos amigos pessoais, de mafiosos? ... Isto faz parte da contemporaneidade e pronto?.. me rebatam se eu estiver errada, por favor!
... Michel parece estar namorando alguma ideologia política ali - ainda tateando, poderia até ir mais fundo, porque é bom ver pessoas emitindo opiniões, mesmo que no dia seguinte elas digam o contrário - ... e até sacaneia o " em cima do muro" , mas, realiza ações de coragem no palco. Ele performa socialmente, portanto faz uma performance, no literal sentido de " performance ", ao, (não estou aguentando, vou falar), queimar dinheiro.
Eu sei que estou aqui generalizando assuntos. Sou a pessoa mais paradoxal que eu conheço. Estou aqui questionando a opinião de Bárbara, quando também questiono a não opinião.
Pelo menos ao dizer que não gosta de determinada coisa, uma pessoa cria a antítese que vai ser debatida com a tese a daí concluí-se que, gosto não se discute, se lamenta.
Meu namorado tem mania de fazer isto. Dá , às vezes, uma opinião contrária à unanimidade do contexto, só pra gerar debate. E acaba sendo engraçado.
E sobre a questão gosto e não gosto na crítica que é publicada no jornal. Fico muito confusa com a ética jornalística. O código dia que não é pra emitir opinião quando se escreve uma matéria jornalística, a não ser que seja uma crítica , que é a opinião da pessoa em si.
No entanto, sabemos que na história do jornalismo e da mídia , em geral, sempre existiram apoios... então, por que não assumir tal e tal postura... fica esta coisa, todo mundo sabe , mas, eticamente é crime... Vide história da Globo ter editado o debate entre Lula e Collor, fazendo Collor se sair melhor e ganhar as eleições, naquele ano.
Bom, enfim, voltando a "Dinheiro Grátis " , é pra rir e eu ri muito. Michel está em sua melhor forma artística - forma de verão carioca - e fazer uma peça por ano é coisa que acaba com a saúde de qualquer pessoa, mas, é tão bom que o artista passa por cima disto em prol da arte - e agora tem que parar esta temporada de " Dinheiro Grátis " porque vai pra NY fazer " Regurgitofagia ". Tá podendo o rapaz... quem insiste, consegue, e este, espero que continue conseguindo por longo tempo e que ganhe muito dinheiro , porque ele, com certeza vai usar o que ganhar de uma forma bem criativa e positiva pro nosso Brasil.
Valeu Michel! Valeu Leca! Valeu Luiza! Valeu Lucas!
O resto dos assuntos... jornal, ética... parece ser o tema da semana...
Bom, começar pelo começo.
Michel é o melhor poeta carioca contemporâneo, na minha opinião. E é assim há muito tempo, nas ruas, na praia, nos bares, nos palcos, nos telefones ... ele sempre se dedicou a elas, às palavras, com muito respeito e alguns muitos resultados bem sucedidos. Sejam elas pensadas e repensadas, escritas e relidas ou faladas espontaneamente.
As faladas espontaneamente, ele foi pegando o jeito de usá-las com o tempo, principalmente na vida, e ainda, tenho certeza, vai melhorar muito no jogo" téte a téte", apesar de já estar bem quentinho no assunto.
Além do cotidiano social sincero, a televisão ( Michel tem um programa de entrevistas ) começou a tornar a prática da espontaneidade mais frequente, mas, apresentar o Cep 20 mil já tinha um "quê" de mestre de cerimônias, " respeitável público ".
E agora ele está lá ( acho que já saiu de cartaz, mas, espero que volte logo ), o mestre de cerimônias, meio ator, meio show man, meio menino inteligente, meio homem político sem papas na língua, meio "standup comedy man" e sobretudo, mais uma vez, um grande poeta, na Arena do Sesc - cada vez gosto mais daquele teatro - enfrentando os leões - de Copacabana, Ipanema, zona sul em geral, maioria classe média, talvez alguns milionários e miseráveis anônimos, mas, maioria classe média, como ele mesmo checa e confirma - com seu leilão de filosofias sobre o valor das coisas.
E ao contrário do que disse Bárbara - já já falo sobre isto - ele está sim, interagindo muito com seu público, que se diverte, e muito, dando opiniões e lances de dinheiro para/com ele.
Michel, vestindo uma jaqueta chiquérrima, passa o seu chapéu/cartola e depois o coloca no centro do palco, com um foco de luz, tornando-oa ( é umoa cartola chapéu linda ) personagem principal de seu teatro, pois está preenchidoa com a arrecadação que ele vai executando durante a peça.
OA é a nova vogal que ele lança. Peça de teatro que nada, ele inventou uma nova vogal! E não é assim que se escreve, mas, já , já veremo-oa inseridoa nos teclados de computador. É uma vogal unisex! Good!
Bom, então, a arrecadação de dinheiro que preenche oa cartola é de notas e moedas dadas pelo público durante a peça, por diversos motivos estimulados pelo poeta leiloeiro Michel, dinheiro este que em outros momentos é usado pra comprar este mesmo público, a fim de conseguir cenas improvisadas pelas figuras que achavam que estavam ali só pra ver.
Quanto ao que acontece com o dinheiro no final... só vendo... mas, é bom, na minha opinião.
Falando um pouco sobre o cenário/instalação, a platéia é composta não só de quem está lá no dia, mas, também de ampliações de fotos 3x4 de grandes figuras históricas, como Hitler, Jesus Cristo... Pedro Bial... o que faz com que nem nós, nem Michel, nos sintamos sozinhos nesta discussão sobre economia existencial.
E, de certa forma, coloca Michel no lugar de uma figura pública também... e , de certa forma, nos diz que todos nós, com nossas cabecinhas e idiossincrasias, somos importantes também. O que é ótimo como argumento... 15 minutos de fama, andy warhol e tal.
Olha só, eu sou fã, suspeita, e quem dera ser crítica neste momento, apesar de não querer este fardo de jeito nenhum - porque a maioria ( disse, maioria e não todos ) dos críticos é odiada, assim como a maioria dos políticos ( coisa que acho lastimável, porque se fossem pessoas honestas com vocação pra coisa, sem vaidades individuais, mas, com respeito à vida pública, e eticamente corretos, poderiam adquirir respeito e confiança da população... mas, acredito que um dia a gente chega lá... existem poucos - críticos e políticos - trabalhando pra tal, poucos, mas, existentes ) - e nem me achar intelectual suficiente pra querer uma coisa assim e até porque sou artista e portanto porto uma bandeira muito próxima do fazer, o que me torna quase uma advogada de defesa da criação artística, pra analisar qualquer trabalho de arte. Sou compreensiva com os processos, que eu prezo muito, e exagerada amante das artes cênicas. Se fosse pra ser crítica, acabaria caindo no gosto pessoal e isto não ia ser bom.
Mas, faço aqui uma corrente contra o que chamo de caretice conservadora.
Tô falando isto, porque dá vontade de ler pessoas de bom gosto falando sobre teatro nas páginas dos jornais cariocas ( estou por fora dos outros críticos do Brasil , vou até me informar mais, perdão ). Bom , aqui temos Macksen Luiz e Lionel Fischer, que me parecem mais sensíveis e congruentes, (mas, ainda assim, não tanto quanto o falecido Yan Michalski ) e Bárbara Heliodora. Sobre esta última, não sei o que se passa. Uma vez soube que ela entornava uma garrafa de whiskie a cada crítica que escrevia, mas, pouco importa seu método, desde que suas palavras tenham coerência, não estou aqui pra fazer o mesmo papel que ela, aos avessos, sendo crítica sem educação da própria crítica e especulando sobre sua vida e sobre os estímulos que a levam a escrever tal e tal coisa. Não quero fazer tal coisa, apesar de me achar no direito de ter uma certa leviandade no meio que estou usufruindo pra emitir as idéias.
Não consigo entender Bárbara gostar de " Regurgitofagia " ( primeiro espetáculo-solo de Michel) e não gostar de " Dinheiro Grátis ", o segundo é melhor que o primeiro, na minha opinião, claro, sou eu que estou escrevendo - mas, sei que outras pessoas andam se questionando sobre o valor de "Dinheiro Grátis", além de Bárbara, vou até pautar o assunto para a mesa do bar com quem está por dentro...
Não quero desconsiderar o texto de "Regurgitofagia", que eu adoro e acho que é a melhor coisa de tal espetáculo - quase uma apresentação das poesias de Michel ao grande público - e é um trabalho que levou pelo menos 10 anos pra ser feito, pelo que eu acompanhei, enquanto , "Dinheiro Grátis", foi feito mais rápido - Michel, Leca, me corrijam, se eu estiver errada. Mas, como exercício teatral " Dinheiro Grátis" é mais vivo e, tudo bem , as reações da platéia ( risos, murmúrios, palavras... ) não causam choques elétricos, literalmente falando, em Michel, como em "Regurgitofagia", mas, em " Dinheiro Grátis", a platéia participa ativamente muito mais do debate em torno do dinheiro e pensa mais sobre ativismo político, seja ele qual for.
Além de ter , em "Dinheiro Grátis", cenas em que Michel utiliza mais seu corpo ou relaxa no abstracionismo dos sons produzidos também pelo seu corpo, ilusoriamente ou não, - estou falando de uma cena específica em que Michel se diverte com os aparatos teatrais e acaba divertindo quem está vendo e ouvindo também - está mais seguro nos maneirismos de se falar determinada ou determinada coisa, acabando por estar mais irônico, mais ator, mais performer... além de poeta, coisa que ele já é.
Conclusão, "Dinheiro Grátis" é uma comédia divertida e inteligente, comédia que faz pensar também. Uma peça altamente recomendável.
Talvez eu tenha gostado mais da direção de Alessandra no segundo, da iluminação ( esqueci quem fez, mas, é muito boa e também irônica) e do figurino de Luiza também, mais em "Dinheiro Grátis" que no primeiro e, talvez goste igualmente dos textos das duas peças, mas como dar crédito a estes trabalhos é muito difícil, prefiro falar dos resultados de dois trabalhos em equipe que vi.
Teremos ainda o terceiro espetáculo, porque Michel que estes trabalhos são parte de uma trilogia. Eu acho uma pena ser uma trilogia, porque acredito que Michel vai continuar fazendo espetáculos assim e , acho, tomara, que vão ser mais de três, mas, isto só o futuro e o próprio Michel podem dizer.
E , continuando a filosofia superficial sobre as críticas de artes cênicas brasileiras. Por que os críticos de arte brasileiros não conseguem falar bem das coisas do início ao fim, por que não conseguem só elogiar, alguma vez? Existe a perfeição absoluta neste mundo que eles habitam? Bem, falo isto , porque li uma crítica no jornal francês " Le Monde " em que o sujeito - depois posto aqui o nome dele - falava bem de " Ensaio.Hamlet" do início ao fim da crítica e a sensação era maravilhosa. Ele gostou da peça e não teve medo de dizer isto.
Bom, só me passou pela cabeça este pensamento: será que brasileiro tem medo de emitir opinião, digo, anda com medo de levantar bandeira?
Não sei... tô jogando a questão no ar... e não tô falando só de crítico de artes cênicas não, tô falando de crítico em geral e de político e de cidadãos, tô me incluindo nisto também, porque tb sou brazuca. Estamos com medo de ter ideologia? Com medo de não sermos amados pelas nossas opiniões? Com culpa de ser o que somos e achar o que achamos? Com medo de sermos acusados de partidários, de protetores dos amigos pessoais, de mafiosos? ... Isto faz parte da contemporaneidade e pronto?.. me rebatam se eu estiver errada, por favor!
... Michel parece estar namorando alguma ideologia política ali - ainda tateando, poderia até ir mais fundo, porque é bom ver pessoas emitindo opiniões, mesmo que no dia seguinte elas digam o contrário - ... e até sacaneia o " em cima do muro" , mas, realiza ações de coragem no palco. Ele performa socialmente, portanto faz uma performance, no literal sentido de " performance ", ao, (não estou aguentando, vou falar), queimar dinheiro.
Eu sei que estou aqui generalizando assuntos. Sou a pessoa mais paradoxal que eu conheço. Estou aqui questionando a opinião de Bárbara, quando também questiono a não opinião.
Pelo menos ao dizer que não gosta de determinada coisa, uma pessoa cria a antítese que vai ser debatida com a tese a daí concluí-se que, gosto não se discute, se lamenta.
Meu namorado tem mania de fazer isto. Dá , às vezes, uma opinião contrária à unanimidade do contexto, só pra gerar debate. E acaba sendo engraçado.
E sobre a questão gosto e não gosto na crítica que é publicada no jornal. Fico muito confusa com a ética jornalística. O código dia que não é pra emitir opinião quando se escreve uma matéria jornalística, a não ser que seja uma crítica , que é a opinião da pessoa em si.
No entanto, sabemos que na história do jornalismo e da mídia , em geral, sempre existiram apoios... então, por que não assumir tal e tal postura... fica esta coisa, todo mundo sabe , mas, eticamente é crime... Vide história da Globo ter editado o debate entre Lula e Collor, fazendo Collor se sair melhor e ganhar as eleições, naquele ano.
Bom, enfim, voltando a "Dinheiro Grátis " , é pra rir e eu ri muito. Michel está em sua melhor forma artística - forma de verão carioca - e fazer uma peça por ano é coisa que acaba com a saúde de qualquer pessoa, mas, é tão bom que o artista passa por cima disto em prol da arte - e agora tem que parar esta temporada de " Dinheiro Grátis " porque vai pra NY fazer " Regurgitofagia ". Tá podendo o rapaz... quem insiste, consegue, e este, espero que continue conseguindo por longo tempo e que ganhe muito dinheiro , porque ele, com certeza vai usar o que ganhar de uma forma bem criativa e positiva pro nosso Brasil.
Valeu Michel! Valeu Leca! Valeu Luiza! Valeu Lucas!
O resto dos assuntos... jornal, ética... parece ser o tema da semana...
Wednesday, January 11, 2006
tecnologia
que pena que você não tá aqui, isto aqui tá muito lindo
é, tá lindo mesmo, estou vendo a mesma coisa que você pela televisão ao vivo
é, tá lindo mesmo, estou vendo a mesma coisa que você pela televisão ao vivo
Tuesday, January 10, 2006
"mãe, eu quero fazer..."
A primeira vez que se faz merda é um susto, olhar pra ela, desesperador, se acostumar a fazer merda... só depois de muita terapia...
Desculpem o pensamento do dia... mas, ouvi um papo de mães a tardinha que foi instigador. Estavam falando que a pior parte na educação de um filho é ensiná-lo a fazer xixi e coco no piniquinho... ou seja, passar da fralda, quando se faz ' merda " a vontade, sem precisar avisar, pra aquele puxão de saia constragedor " quero fazer... ".
Uma mãe falou que a primeira vez que a filha viu seu próprio coco abriu o berreiro e chorou por muito, muito tempo.
Bom, desta fase sei duas historinhas engraçadas. O filho de uns amigos ficou tão orgulhoso do seu " número 2 " - porque os pais comemoravam muito quando ele tinha a paciência de fazer - que o pai chegou no quarto e pegou a criança - de mais ou menos uns 2 anos, pra quem nunca viveu a experiência - em pé, no berço, segurando, rindo e demonstrando sua "obra".
O outro filho de outro casal na mesma fase colocou alguns cocôs na primeira gaveta... ele sabia que aquilo era importante, de certa forma, valioso e resolver guardar...
Bom, pensando nisto, Piero Manzoni vendeu sua merda do artista nº 1, 2, 3, 32, 104... por bons preços.
E eu, numa de minhas crises psicológicas adultas, lembrei que não dá nesta vida pra não 'fazer merda " que o medo de 'fazer merda' acaba paralisando o perfeccionista... ou seja, se fizer, faça com vontade, que todo mundo faz a mesma coisa alguma hora e é saudável.
perdão aos que não queriam uma psicologia barata também... mas, foi eureca pra mim esta reflexão.
Desculpem o pensamento do dia... mas, ouvi um papo de mães a tardinha que foi instigador. Estavam falando que a pior parte na educação de um filho é ensiná-lo a fazer xixi e coco no piniquinho... ou seja, passar da fralda, quando se faz ' merda " a vontade, sem precisar avisar, pra aquele puxão de saia constragedor " quero fazer... ".
Uma mãe falou que a primeira vez que a filha viu seu próprio coco abriu o berreiro e chorou por muito, muito tempo.
Bom, desta fase sei duas historinhas engraçadas. O filho de uns amigos ficou tão orgulhoso do seu " número 2 " - porque os pais comemoravam muito quando ele tinha a paciência de fazer - que o pai chegou no quarto e pegou a criança - de mais ou menos uns 2 anos, pra quem nunca viveu a experiência - em pé, no berço, segurando, rindo e demonstrando sua "obra".
O outro filho de outro casal na mesma fase colocou alguns cocôs na primeira gaveta... ele sabia que aquilo era importante, de certa forma, valioso e resolver guardar...
Bom, pensando nisto, Piero Manzoni vendeu sua merda do artista nº 1, 2, 3, 32, 104... por bons preços.
E eu, numa de minhas crises psicológicas adultas, lembrei que não dá nesta vida pra não 'fazer merda " que o medo de 'fazer merda' acaba paralisando o perfeccionista... ou seja, se fizer, faça com vontade, que todo mundo faz a mesma coisa alguma hora e é saudável.
perdão aos que não queriam uma psicologia barata também... mas, foi eureca pra mim esta reflexão.
Monday, January 09, 2006
imagem em papel?
discussão de festa: acabou, acabou, a imagem em papel acabou.
Duas vantagens: tempo e preço.
Não, não acabou, porque escolher qual a melhor entre as mil e uma digitais que você tira, também é tempo e às vezes só o que se quer é registrar o momento, mesmo que ele não seja o mais bonito...
talvez a fotografia digital necessite a prática mesmo. É como o início do telefone celular... a gente deixava aquele negócio influenciar nas nossas vidas... mudávamos de idéia a toda hora, falávamos a toda hora, sabíamos selecionar pouco...
Com o uso, aprendemos, nós dominamos a máquina e atendemos quem a gente quer e quando a gente quer e isto pode ser uma boa ou má influência no decorrer do seu dia e a gente tem consciência disto.
assim como qualquer novidade... coca-cola, tabaco, cocaína, spray...
Com a foto digital, tiramos, ficou boa, mais ou menos, olhou , tira outra pra ficar melhor... pode não ficar também.... tira outra... esta tá boa... é o momento? é, um outro, talvez... mas, é bonito... fica sempre bonito no digital... ou não...será que vai acabar a foto no papel?
Ele falou: você já editou com avid? e aí? vai voltar a editar com moviola?
todos são produtores de imagens hoje em dia.
a diferença então está na efemeridade do suporte... se a imagem é informação numérica digital, ela tem que ser projetada ou visualizada em algum suporte tecnológico... voltou então a ser efêmero... slide show, viu aquela que passou? então agora só na próxima rodada, ou então se eu voltar, mas, não vai ser a mesma coisa sempre que for mostrada.
i like lambe lambe, i like,
i like filminho, still, until when?
ai ai e quem vive de passado é museu e catalogação de tudo e vestido da vovó que ainda é bonito
ai ai dunas de ipanema
ai ai foguetes russos
ai ai blog.com delícia de tecnologia democratização da informação...
i i política mundial ii ano de eleição presidencial iiiiiiiiii o mundo vai mal, mas, tá bom pra alguns, tá bom
Duas vantagens: tempo e preço.
Não, não acabou, porque escolher qual a melhor entre as mil e uma digitais que você tira, também é tempo e às vezes só o que se quer é registrar o momento, mesmo que ele não seja o mais bonito...
talvez a fotografia digital necessite a prática mesmo. É como o início do telefone celular... a gente deixava aquele negócio influenciar nas nossas vidas... mudávamos de idéia a toda hora, falávamos a toda hora, sabíamos selecionar pouco...
Com o uso, aprendemos, nós dominamos a máquina e atendemos quem a gente quer e quando a gente quer e isto pode ser uma boa ou má influência no decorrer do seu dia e a gente tem consciência disto.
assim como qualquer novidade... coca-cola, tabaco, cocaína, spray...
Com a foto digital, tiramos, ficou boa, mais ou menos, olhou , tira outra pra ficar melhor... pode não ficar também.... tira outra... esta tá boa... é o momento? é, um outro, talvez... mas, é bonito... fica sempre bonito no digital... ou não...será que vai acabar a foto no papel?
Ele falou: você já editou com avid? e aí? vai voltar a editar com moviola?
todos são produtores de imagens hoje em dia.
a diferença então está na efemeridade do suporte... se a imagem é informação numérica digital, ela tem que ser projetada ou visualizada em algum suporte tecnológico... voltou então a ser efêmero... slide show, viu aquela que passou? então agora só na próxima rodada, ou então se eu voltar, mas, não vai ser a mesma coisa sempre que for mostrada.
i like lambe lambe, i like,
i like filminho, still, until when?
ai ai e quem vive de passado é museu e catalogação de tudo e vestido da vovó que ainda é bonito
ai ai dunas de ipanema
ai ai foguetes russos
ai ai blog.com delícia de tecnologia democratização da informação...
i i política mundial ii ano de eleição presidencial iiiiiiiiii o mundo vai mal, mas, tá bom pra alguns, tá bom
filosofia de verão
recomeço
eu levando um barco e outro levando o meu
o cérebro, água turva das marés encachaçadas e vividas,
eu, desejo de puritanismo hedônico,
a fim de poderes saudáveis do corpo e da mente,
respiração, concentração e fluxo contínuo,
será isto possível sem religião?
só o tempo dirá
e o que não é o tempo senão Deus?
E o que é Deus afinal?
penso que são dois:
o criado psicologicamente que traduz o eu em relação ao mundo e está ligado à idéia de destino, baseado no poder de escolha que o ser humano tem, " dai - me luz pra escolher o que é melhor para mim e para o mundo "
o outro: grande ser matéria do mundo, energia vital, fogo de Heráclito, tudo é a mesma coisa, eu, árvore, mesa, ar, Deus, tempo...
êeeee filosofia barata...
resoluções pro ano novo: estudar, alimentar o pensamento.
if it works... as palavras palavras palavras ficarão melhores...
eu levando um barco e outro levando o meu
o cérebro, água turva das marés encachaçadas e vividas,
eu, desejo de puritanismo hedônico,
a fim de poderes saudáveis do corpo e da mente,
respiração, concentração e fluxo contínuo,
será isto possível sem religião?
só o tempo dirá
e o que não é o tempo senão Deus?
E o que é Deus afinal?
penso que são dois:
o criado psicologicamente que traduz o eu em relação ao mundo e está ligado à idéia de destino, baseado no poder de escolha que o ser humano tem, " dai - me luz pra escolher o que é melhor para mim e para o mundo "
o outro: grande ser matéria do mundo, energia vital, fogo de Heráclito, tudo é a mesma coisa, eu, árvore, mesa, ar, Deus, tempo...
êeeee filosofia barata...
resoluções pro ano novo: estudar, alimentar o pensamento.
if it works... as palavras palavras palavras ficarão melhores...
conjunção simpática
Outro dia eu vi um homem subindo uma ladeira de paralelepípedo , com um macacão jeans, com uma alça aberta caída sobre o corpo... e era de noite ... e ele não parecia bêbado ...
fazia tempo que eu não via homem de macacão jeans...
achei curiosa a conjunção de hábitos atemporais macacão, paralelepípedo, lua, solitude, pensamento, subindo ladeira a pé...
fazia tempo que eu não via homem de macacão jeans...
achei curiosa a conjunção de hábitos atemporais macacão, paralelepípedo, lua, solitude, pensamento, subindo ladeira a pé...
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