Monday, May 18, 2015

ensinar que o melhor é não saber

Vou tentar escrever livremente, deixar fluir livremente o pensamento em que me encontro neste exato momento de fluidez constante, nets trabalho constante, onde tudo é trabalho , até mesmo respirar, viver.um trovão l´å fora que pode ser só uma cadeira arrastada, o teto daqui não parece que vai cair, mas, na brasilidade da peça o teto de Alice caía aos trôpegos, somos assim, aos trôpegos, aos tropeços, eu me separei de alguém pela 54a vez na minha vida, da primeira vez fui jogar capoeira como se aquilo não me afetasse e 21 anos depois ainda me dói. Mentira. Mentira o não afeto. Mentira viver sem afeto. Mentira viver para trabalhar. a gente quer afeto. Afeto de verdade. e a gente tem raiva, muita raiva de verdade, de quem não nos dá afeto quando a gente precisa de afeto, e neste caso somos todos crianças e porque cargas d'´ågua vem adultos metidos fingirem que afeto pouco importa, meu Deus do Céu, do cu do mundo, desça em mim a luz de Lúcifer que me trará a racionalidade necessária para ser um ser inteligente,capaz de trabalhar no mínimo 8 horas por dia sem pensar em querer um abraço. Eu quero aprender a viver só e não ter medo de arma. Vou ser polícia. Vou ser médica. Vou ser mergulhadora. Vou ser professora. vou estudar para ser professora. Vou ser professora. para fazer algum bem a humanidade. eu preferia compor músicas, escrever roteiros que chegassem a milhões e milhões de seres humanos. Falar como se fosse profeta, receber o dom da palavra e seguir por aí espalhando a boa nova, mas sem caretice, sem blefe, sem nem mesmo saber quem eu sou , me desprender do me corpo, desta prisão que segura o meu espírito e encarna todas as memórias que pouco importam para o mundo a não ser as compartilhadas, a não ser as compartilhadas? eu mergulho com você num lago azul profundo, vamos de mãos dadas até não termos mais fôlego, meus peitos crescem naturalmente, se enchem de leite e eu me doo, minha filha já não precisa mais de mim e nem eu de você. eu me vou embora daqui,porque não tem sentido mesmo este  viver. Eu queria ser otimista e brincalhona,mas não sou. sou assim.e agora tenho paciência em ser assim.vou me cavando e encontro pérolas que não pesquei.vou me cavando e encontro amores que não aceitei. vou me cavando e encontro tesouros perdidos de músicas que cantei com vento na cara. vou me cavando e encontro simplicidade plena e tenho vontade de ali ficar de me desdobrar nesta cava daqui para sempre até a cova. quero ser um ser simples, que canta com o vento na cara. que não sente frio. que tem coragem de dizer não te quero,porque não tem pressa,porque não sabe o que está por vir. Odeio esta falsa sabedoria dos 40, estes "já vivi, já sei como é" odeio isto. Gosto de me surpreender com as coisas. gosto de não saber. não nasci para saber. não posso ser professora, vou ensinar que não sei, que o melhor é não saber. que o melhor é não saber jamais. que o melhor é se deixar surpreender, saber a vez de entrar, não perder tampouco seu momento de protagonizar. então agora eu canto.